1. Analisamos que é decisivo o momento que vivemos, as eleições de 2026 serão a culminância de uma disputa política e ideológica, que exige unidade e ação transformadora das forças democráticas brasileiras;

  2. A sociedade brasileira é palco de uma grande polarização e é preciso disputar com afinco a consciência do grande público em geral, e dos trabalhadores em particular;

  3. Há ainda no âmbito do movimento social dispersão, desmobilização e dificuldades manifestas;

  4. Porém, é preciso retomar a iniciativa, unificar ações e, com todas as energias, participar da disputa na sociedade;

  5. Há em curso uma campanha ampla e complexa contra o Governo Lula e sua reeleição. Os comunistas e aqueles que compreendem o que está em jogo, não podem ficar apenas observando. A nossa tarefa é fortalecer um contraponto propositivo, destacar conquistas, apontar soluções para desafios e, sobretudo, envolver o povo na construção de um projeto de país para 2026. Precisamos também, na nossa ação, denunciar a política de altos juros e apontar uma perspectiva de outro caminho, através de uma grande frente envolvendo amplos setores da sociedade e da produção;

  6. É preciso ainda denunciar as iniciativas de Donald Trump, principalmente a enxurrada de tarifas sobre importações para os EUA. O Brasil é duramente prejudicado. Aqui a extrema-direita, os Bolsonaristas, entre eles Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, apoiam Trump, mostrando o seu alinhamento com estas medidas que prejudicam o Brasil, nossa economia e o nosso povo;

  7. A transformação de Bolsonaro e sua turma em réus tem grande importância para as batalhas imediatas e futuras. A defesa da democracia, contra a anistia dos golpistas e a devida punição em relação aos crimes cometidos contra a ordem democrática constituem bandeiras importantes do próximo período. Aqueles que defendem a anistia, defendem, na verdade, a impunidade do crime contra a democracia e a nação;

  8. Ao lado dessa batalha, as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, as centrais sindicais, o movimento estudantil e as entidades da sociedade civil lançarão, no próximo dia 10 de abril, importante iniciativa da qual participamos diretamente: o Plebiscito Popular pelo fim da escala 6X1 e pela aprovação da isenção do Imposto de Renda até 5 mil reais e taxação dos super-ricos. É preciso organizar ações nos locais /territórios e procurar juntar outras organizações populares para capilarizar a disputa das consciências;

  9. A iniciativa visa levar ao grande público esses debates através da militância dos movimentos sociais e partidos do nosso campo, buscando a retomada da iniciativa política e de ação. Convocamos todos os militantes a serem protagonistas dessa jornada, dialogando com a sociedade de forma destacada e criativa, somando-se e envolvendo militantes dos movimentos sociais e demais partidos do nosso campo;

  10. Avizinha-se também o 1º de Maio, data fundamental da luta dos trabalhadores. As centrais se unificaram em torno de uma plataforma ampla e combativa:


    – Redução da jornada, sem redução salarial;
    – Fim da carestia;
    – Isenção do IR até R$ 5 mil;
    – Menos juros, mais empregos;
    – Igualdade salarial entre homens e mulheres (lei 14.111).


  11. É preciso, no período que antecede o 1º de Maio, buscar abordar os trabalhadores e trabalhadoras à partir dessas bandeiras, em seus locais de trabalho e moradia;

  12. Devemos também participar ativamente da mobilização e realização dos atos do 1º de Maio em cada cidade;

  13. Esse conjunto de iniciativas merece atenção especial das direções partidárias e de todos os militantes do Partido, em especial aqueles que participam do Movimento Social e Sindical;

  14. É preciso perseverar no caminho de unificação e impulsionamento da luta popular, fator decisivo para a disputa política na sociedade.

Comissão Política Nacional do PCdoB, 5 de abril de 2025