Revistas “Princípios” e a chinesa “Mundo Contemporâneo” firmam convênio

As revistas Princípios e Mundo Contemporâneo assinaram, neste sábado (7) um importante convênio de cooperação acadêmica. As publicações são editadas pelos respectivos Comitês Centrais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), através da Fundação Maurício Grabois (FMG), e do Partido Comunista da China (PCCh).
A reunião de assinatura do documento estabelecendo o acordo foi realizada na sede do Comitê Central do PCdoB em Brasília. Representando o PCdoB e a FMG, Ana Prestes, secretária de Relações Internacionais do PCdoB, Ricardo Alemão Abreu, diretor de Assuntos Internacionais da Fundação Maurício Grabois (FMG) e Fábio Palácio, diretor da Revista Princípios.
Pelo lado chinês o PCCh enviou ao Brasil o diretor geral da Mundo Contemporâneo e presidente do conselho consultivo da revista, Lu Xuejun, e o integrante do departamento internacional do partido, Wang Jie.

Xuejun, que é formado em História do Comunismo, saudou o PCdoB e disse admirar muito o partido por ser um partido comunista centenário como o PCCh. Lembrou que em 2023 a Presidenta do PCdoB, Luciana Santos, esteve em visita ao departamento de Relações Internacionais do PCCh, na China, e que o presente convênio é parte “da aproximação entre nossas duas organizações”.
O dirigente chinês explicou que a revista Mundo Contemporâneo existe desde 1981 e que recentemente passou por uma reforma ao completar 40 anos de existência. A “Mundo Contemporâneo”, informou, pretende se tornar uma revista de referência internacional. Por isso está realizando parcerias com partidos comunistas de todo o mundo e suas revistas. O primeiro convênio foi realizado com a Nigéria, para uma cobertura de toda a África. Em 2023 fizeram um convênio com o Camboja para cobrir a área da ASEAN. Na África Austral fizeram um convênio com um grupo de 6 partidos. Na América Latina, a primeira Revista com quem estabelecem convênio é a Princípios. Recentemente também estiveram na Malásia e na África do Sul. Além do intercâmbio de artigos, querem ampliar a cooperação para material audiovisual, especialmente com vídeos curtos e informativos.
Segundo Ricardo Alemão, “o convênio é um novo marco nas relações de cooperação acadêmica e de divulgação científica entre Brasil e China. Ambas as revistas foram fundadas coincidentemente no mesmo ano de 1981 e nessas mais de quatro décadas de existência se destacaram como revistas marxistas em seus países.”
Para Palácio, “a grande burguesia e as potências ocidentais têm à sua disposição um enorme arsenal de comunicação para fazer valer seus interesses. Isso inclui agências de notícias, veículos de imprensa e radioteledifusão e também as chamadas big techs. Já as forças populares, desprovidas do poder do capital, têm nas mãos apenas a possibilidade de coordenar suas ações e cooperar entre si. Daí a importância desse acordo-quadro, que abarca um grande leque de iniciativas e permitirá otimizar a produção e difusão de conteúdos contra-hegemônicos.”
Já Ana Prestes declarou que era uma honra e uma alegria receber a delegação chinesa na sede do partido em Brasília e que o convênio é fruto de uma relação fraterna cada vez mais fluente entre o PCdoB e o PCCh.
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Fonte: i21
Edição: Bárbara Luz