Péricles de Souza ajudou a formar geração de militantes na Bahia

O presidente estadual do PCdoB da Bahia, Geraldo Galindo, foi o responsável por fazer a homenagem ao histórico dirigente baiano Péricles de Souza no 16º Congresso Nacional do PCdoB. Ele destacou o papel dele na formação de uma geração de militantes no estado.
Péricles, que morreu no mês passado aos 82 anos, participou do movimento estudantil, da resistência à ditadura militar, integrou a Ação Popular e da reorganização do PCdoB, após a Chacina da Lapa.
“Péricles, ao lado de outros camaradas como Haroldo Lima e Loreta Valadares, ajudou a moldar e formar uma numerosa geração militantes e quadros do partido, incluindo boa parte dos 126 delegados e delegadas da Bahia aqui presentes”, disse Galindo.
Leia Também: Vice-presidente do PCdoB se emociona na homenagem a Sérgio Rubens
O presidente estadual do PCdoB baiano conviveu com Péricles por cerca 30 anos ininterruptos. “Neste período eu vi de perto o dia a dia de um autêntico comunista, de um genuíno revolucionário, repito, um genuíno revolucionário. Estamos falando de um homem digno, generoso, um combatente que dedicou sua vida, muitas vezes nas condições mais adversas”, diz.
Ele lembra que ao receber a notícia da morte do dirigente o Partido viveu um misto de sentimentos. “O primeiro, a profunda tristeza da despedida, e outro, a imensa gratidão por termos tido o privilégio de conviver com ele em nossas vidas”, afirma.
Galindo também ressalta que Péricles é um dos responsáveis pela força política do Partido na Bahia e no Brasil.
“Se nós temos na Bahia hoje uma das seções mais destacadas do partido em nível nacional, um partido pujante, robusto, um partido com expressiva força nos movimentos sociais e presença constante nos espaços legislativos, é porque tivemos por longo período na presidência do Partido, na secretaria de organização, na secretaria de Finanças, um quadro da estatura política de Péricles, que exerceu essas tarefas com afinco dedicação e responsabilidade”,
“Há uma famosa frase a afirmar que ‘quando morre uma pessoa que admiramos, a gente também morre um pouco’. Essa máxima está a justificar a imensa dor pela qual passamos quando enfrentamos baque de uma perda irreparável”, lamenta.