Aprovação a Lula volta a superar desaprovação, aponta pesquisa
A taxa de aprovação ao presidente Lula cresceu entre os meses de agosto e setembro, voltando a superar o índice de desaprovação. É o que aponta a nova rodada da pesquisa AtlasIntel, divulgada nesta quarta-feira (17).
Em agosto, a desaprovação chegava a 51%, ante 47,9% de aprovação. Um mês depois, o cenário se inverteu: 50,8% dos brasileiros aprovam Lula, enquanto 48,3% desaprovam.
O índice favorável ao presidente é puxado por alguns segmentos, como mulheres (57,8% de aprovação), eleitores com nível superior (57,5%) e pessoas com ao menos 60 anos (71,6%). Já é desaprovação é mais significativa entre homens (55,5%), eleitores de 35 a 44 anos (63,5%) e evangélicos (69,3%).
Na avaliação do conjunto do governo, o percentual de Ruim/Péssimo caiu de 51,2% para 58%, enquanto o índice de Ótimo/Bom subiu de 43,7% para 46,2%. Apenas 5,8% julgam o governo como Regular.
Para os entrevistados, a gestão Lula é melhor que o governo Bolsonaro em pautas como Direitos humanos e igualdade racial, Moradia, Turismo, cultura e eventos, Políticas sociais e redução da pobreza e Meio Ambiente. A administração bolsonarista é vista como superior em três pontos: Responsabilidade e controle de gastos, Segurança pública e Impostos e carga fiscal.
A pesquisa sondou a percepção dos entrevistados s/obre medidas e propostas do governo Lula. A iniciativa mais criticada foi o imposto sobre compras de até US$ 50 em sites estrangeiros – 57% veem a medida como um erro.
Em contrapartida, a imensa maioria vê como acertos medidas tais quais a gratuidade para todos os medicamentos e itens do Farmácia Popular (84%), a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês (81%), a retirada de garimpeiros das reservas indígenas e ambientais (76%).
Embora haja mais acertos que erros aos olhos da população, o tom pessimista ainda persiste. Para 47%, a situação econômica do Brasil hoje está ruim. Outros 44% dizem o mesmo em relação ao mercado de trabalho. Há um empate – 43% a 43% – entre os que dizem que a economia vai melhorar e os que avaliam que vai piorar.
Numa lista sobre os maiores problemas do Brasil – e na qual o entrevistado podia citar até três pontos –, corrupção (59%) e criminalidade (49,1%) foram os mais lembrados. Vale ressaltar que as menções ao problema da inflação hoje (20%) já estão bem abaixo de como estavam em fevereiro (35%).
A imagem dos “líderes políticos” vai mal. Quem se sai melhor é o presidente Lula, com 49% de imagem positiva e 50% de imagem negativa. No caso do ex-presidente Jair Bolsonaro, 52% atribuem imagem negativa, contra 44% de positiva. As piores imagens, de qualquer maneira, são as dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (74% de negativa), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (78% de negativa).
Sobre o julgamento de Bolsonaro, a maioria concorda com a condenação do ex-presidente a mais de 27 anos de prisão (52,3%), embora 46% afirmem que a pena foi maior do que deveria. Ainda assim, 57,3% são contrários a uma anistia “ampla, geral e irrestrita”. Na visão de 53,4%, Bolsonaro efetivamente participou “de um plano de golpe de Estado”. A pesquisa AtlasIntel ouviu 7.291 brasileiros, por meio de recrutamento digital aleatório, de 10 a 14 de setembro. A margem de erro é de um ponto percentual.