Defender a Venezuela é defender a soberania dos povos e nações
A República Bolivariana da Venezuela tem sofrido sérias ameaças de agressão militar direta, vindas de Washington.
A pátria de Simón Bolívar, já enfrentando com altivez o roubo de ativos nacionais, além de cercos, sanções e sabotagens, assiste o imperialismo estadunidense ameaçar diretamente o presidente eleito, Nicolás Maduro, enquanto envia poderosos navios para a costa venezuelana, destrói embarcações, assassina tripulações e fecha o espaço aéreo do país, violando frontalmente todas as normas do direito internacional.
Donald Trump, buscando justificar tais atos de banditismo e terrorismo internacional, elabora mentiras grosseiras que não convencem sequer a população dos EUA, majoritariamente contrária à uma guerra contra a Venezuela.
No entanto, como foi explicitado no documento sobre estratégia nacional de segurança, lançado pela gestão Trump em novembro, todas as nações da América Latina e Caribe estão sob grave ameaça.
O documento propõe um “Corolário Trump” à Doutrina Monroe, com o objetivo de “restaurar a preeminência americana no Hemisfério Ocidental“, o que implica, como afirma sem rebuços o texto, em cercear e constranger o estabelecimento de relações soberanas dos países da América Latina e Caribe, subordinando-as aos interesses dos EUA.
O texto defende ainda uma “readequação” da presença militar global para focar em “ameaças urgentes” no Continente Americano, mencionando explicitamente “o uso de força letal”.
O Partido Comunista do Brasil (PCdoB), logo em agosto, quando os EUA iniciaram suas operações bélicas no mar do Caribe, já antevia as implicações desta escalada e, em pronunciamento da Executiva Nacional intitulado “Plena solidariedade ao povo e ao governo venezuelano”, exortava “os povos e países da América Latina e Caribe a construírem a mais firme unidade diante da ofensiva imperialista contra a região”.
Pois é justamente disso que se trata: defender a Venezuela é defender a soberania de toda a América Latina e Caribe. O Brasil, como maior país da região, deve liderar, com habilidade, mas com nitidez e firmeza, esta resistência.
Neste sentido, reafirmamos os termos da moção de Solidariedade à Venezuela, aprovada por unanimidade no 16º Congresso do Partido, em outubro: “para que a América Latina seja uma zona de paz e caminhe no rumo da integração solidária, a soberania e a integridade da Venezuela devem ser plenamente respeitadas”.
Secretaria de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)
Brasília, 08 de dezembro de 2025




