Lançamento da pré-candidatura de Edmar Branco a vereador de Belo Horizonte

A campanha de filiação lançada em março pelo PCdoB, durante o Festival Vermelho, animou comitês municipais e estaduais em todo o País. Em ano de disputa às prefeituras e às câmaras de vereadores, as adesões de lideranças fortalecem o projeto eleitoral do Partido.

No estado de São Paulo, a PCdoB ganhou diversas pré-candidaturas. “Avaliamos que a primeira fase da campanha, encerrada em abril, foi um processo vitorioso. Das 30 cidades com mais de 200 mil eleitores, teremos candidatos com possibilidade de eleição em 21”, diz André Bezerra, secretário de Organização do PCdoB-SP. “Esse resultado é fruto do esforço coletivo da nossa direção – um trabalho marcado por muito consenso, muita unidade e muita política.”

Em sua opinião, dois fatores ajudaram a estimular a chegada dessas lideranças: o “ambiente político” aberto pelo governo Lula, que revigorou o campo democrático e progressista; e o potencial da Federação Brasil da Esperança (FE Brasil), que, ao reunir PT, PCdoB e PV, amplia as chances de vitória eleitoral. Ele também frisa a influência da atuação dos comunistas nas lutas social e institucional, particularmente os mandatos do deputado federal Orlando Silva e da deputada estadual Leci Brandão.

Políticos com mandato em alguns dos maiores municípios paulistas se filiaram ao PCdoB. É o caso de Lamé (em Guarulhos), Emerson (em Osasco) e Jabá (em São Vicente). Peruíbe e Hortolândia também são cidades grandes em que o Partido passou a ter representação parlamentar.

Além de manter sua presença nesses Legislativos e reeleger vereadores em cidades como Campinas e Araraquara, o PCdoB-SP tem uma meta que André Bezerra classifica como a “prioridade das prioridades”: garantir a eleição de um comunista na Câmara Municipal de São Paulo (SP).

A aposta maior é na candidatura do professor Cláudio Fonseca, que já teve três mandatos de vereador e regressou ao PCdoB no ano passado. Em agosto, com o apoio do Partido, Cláudio foi reeleito presidente do Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo).

“O retorno do Cláudio Fonseca foi uma conquista extraordinária, que demonstra nosso crescimento na capital”, afirma Alcides Amazonas, presidente municipal do PCdoB São Paulo. “Fomos com ele em todas as bases partidárias – e seu nome foi muito bem recebido. A plenária de lançamento da pré-candidatura, em 16 de março, reuniu 800 militantes.”

Cláudio Fonseca e Mãe Telma serão os candidatos do PCdoB à Câmara Municipal de São Paulo

Amazonas lembra que a outra pré-candidatura do Partido à vereança também é de uma recém-filiada. Trata-se da ialorixá Telma de Iemanjá, a Mãe Telma, da nação Ketu, casa de Oxumaré. “A Mãe Telma, grande referência no movimento interreligioso, será nossa candidata, ao lado do Cláudio Fonseca. A vinda dela acrescenta muito em nossa luta contra as desigualdades e pela liberdade religiosa”, afirma o dirigente.

Outra notícia positiva em São Paulo foi a filiação de lideranças sindicais. Vera Stefanov, presidenta do Sinbiesp (Sindicato dos Bibliotecários no Estado de São Paulo), e Marcio Canal, secretário-geral do Sindeconbesp (Sindicato dos Trabalhadores em Concreteiras de São Paulo), ingressaram no PCdoB. De acordo com Amazonas, a meta é alcançar mil novos militantes com a campanha de filiação.

Minas Gerais

O PCdoB-MG também abraçou a campanha. “Fizemos 12 novas filiações de lideranças que já exercem o mandato de vereador”, destaca Fernando Máximo, o Fernandinho, secretário estadual de Organização. Eles se somam a duas lideranças recém-filiadas ao Partido que devem se candidatar à Câmara Municipal de Belo Horizonte – o ex-vereador Edmar Branco e a cientista social Sofia Amaral.

Entre os novos membros, estão parlamentares de cidades grandes. Cido Reis, por exemplo, é vereador em Juiz de Fora, município da Zona da Mata Mineira com 540 mil moradores. Já Paulo César Soares, o China, exerce o mandato em Uberaba, no Triângulo Mineiro, que tem 337 mil habitantes.

“Em todo o estado, lançaremos candidaturas a vereador em cerca de 120 cidades, com prioridade para a conquista de ao menos uma cadeira em Belo Horizonte e a reeleição de 23 parlamentares”, indica o secretário de Organização.

O projeto do PCdoB-MG tem, ainda, como objetivo central a reeleição de Nivaldo Botafogo, prefeito de Teixeiras. “Ao todo, serão seis candidatos a prefeito. Cinco deles são lideranças locais que se filiaram neste ano ao Partido”, diz Fernandinho.

Como em São Paulo, a prioridade partidária em Minas é eleger um vereador na capital. Na visão de Fernandinho, o PCdoB disputará “com muitas chances” em Belo Horizonte. “Temos dois pré-candidatos competitivos, especialmente o líder comunitário Edmar Branco, que já foi vereador e se refiliou ao Partido.”

O presidente do PCdoB Belo Horizonte, Richard Romano, concorda. “Enfrentaremos uma campanha eleitoral das mais difíceis e desafiadoras. É preciso fortalecer o PCdoB no esforço concentrado para dar voz aos comunistas nas câmaras municipais e ampliar os nossos espaços nos executivos”, diz Richard. “O PCdoB está em campanha de filiação para aumentar a nossa capilaridade, estruturar as bases e defender a democracia, a participação popular, o êxito do governo Lula e a reconstrução nacional.”