Reunida no dia 9 de agosto, a Comissão Política Nacional do PCdoB emitiu nota sobre as eleições municipais. Após a realização das convenções partidárias, o Partido diz que a campanha dos comunistas deve ter como esteio o coletivo militante e os organismos partidários.

“E, com base neste alicerce, ir além, realizando uma campanha ampla, incorporando aliados/as, amigos/as, familiares, os/as eleitores/as mais próximos do Partido e de suas candidaturas. A intensidade da campanha pressupõe um diálogo constante, o trabalho corpo a corpo, que precisa ser sistematizado para chegar aos locais de moradia, de trabalho e nos espaços públicos. Ao mesmo tempo, realizar um trabalho criativo nas redes sociais. Tudo isto regido por uma campanha planejada, que, além desses pontos assinalados, busque viabilizar, na forma da lei, as bases materiais e financeiras para além do Fundo Eleitoral”, diz a nota.

Confira a íntegra:

Eleger as candidaturas do PCdoB e de aliados, derrotar a extrema direita

Realizadas as convenções partidárias, as eleições municipais entram na fase decisiva, que será curta e intensa. Definidos os campos em disputa, com as forças democráticas e progressistas, o espectro de apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de um lado, e a extrema-direita e setores a ela associados, de outro, a disputa pelo voto e o debate político irão se acirrar. Tal polarização pulsará forte, sobretudo, nas capitais e maiores cidades. Neste cenário, a tática de alianças amplas e a mobilização do povo contra a extrema-direita são indispensáveis ao êxito do polo democrático e popular.

A Federação Brasil da Esperança (FE BRASIL) e seu arco amplo de aliados, vértice do campo democrático, lançaram em todo país um elenco de candidaturas com densidade política e eleitoral para obter expressiva vitória, que será determinante para o destino das cidades e de grande importância às eleições de 2016. A FE BRASIL é presidida, nesta hora crucial, por Luciana Santos, que também está à frente da direção do PCdoB.

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) entra nesta disputa convicto de que poderá obter bons resultados e focado em eleger vereadores e vereadoras, sobretudo nas capitais e grandes munícipios. Para tal, lançou cerca três mil candidaturas em, aproximadamente, mil cidades. São lideranças de diversos perfis, capazes de promover empolgantes e vitoriosas campanhas. Também está no topo de seu projeto eleitoral eleger prefeitos/as, vice-prefeitos/as, tendo candidaturas em mais de 120 cidades, entre elas se destacam três nas quais há segundo turno: Campina Grande (PB), Imperatriz (MA), e Guarujá (SP). Obviamente, estaremos na linha de frente pela vitória das candidaturas majoritárias da FE Brasil.

A possibilidade de êxito do projeto eleitoral do PCdoB, além da representatividade de suas candidaturas, vem de seu crescente revigoramento, como ficou demonstrado, recentemente no expressivo Congresso da União da Juventude Socialista (UJS), na participação qualificada na Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação e no reforço que obteve com novas 8 mil filiações.

Com este acúmulo, depois de uma positiva movimentação na fase inicial, agora o Partido é desafiado a realizar uma campanha entusiástica, embandeirada de propostas e compromissos referentes à construção de cidades democráticas, mais humanas e sustentáveis.

Trunfo importante da campanha dos comunistas e das candidaturas da FE BRASIL é o conjunto de realizações e conquistas do governo Lula. Nele, destacam-se a defesa e o fortalecimento da democracia, o reforço da soberania nacional, a retomada do crescimento econômico com forte geração de emprego que tem o impulso, entre outras alavancas, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o programa da Nova Indústria Brasil (NIB). Se destacam, ainda, programas sociais que mudam concretamente a vida do povo, como o Bolsa-família, a Farmácia Popular, o Minha Casa Minha Vida, o Pé-de-Meia (de incentivo financeiro-educacional), e o Desenrola (de renegociação de dívidas”).

São conquistas que criam as condições para o diálogo com o povo na busca do voto, levando a mensagem de que mais conquistas poderão ser alcançadas. Ao mesmo tempo, ter a sensibilidade de absorver propostas e mesmo observações críticas do eleitorado.

É preciso considerar, também, que as eleições ocorrem num clima de conturbação mundial, que ecoa, sobretudo, nas maiores cidades. E nossa campanha está bem situada neste quesito, erguendo a bandeira da paz e condenando o genocídio palestino na Faixa de Gaza, e ainda rechaçando as pressões do imperialismo contra o direito à autodeterminação da Venezuela e a soberania do voto popular.

A campanha dos comunistas deve ter como esteio o coletivo militante e os organismos partidários. E, com base neste alicerce, ir além, realizando uma campanha ampla, incorporando aliados/as, amigos/as, familiares, os/as eleitores/as mais próximos do Partido e de suas candidaturas. A intensidade da campanha pressupõe um diálogo constante, o trabalho corpo a corpo, que precisa ser sistematizado para chegar aos locais de moradia, de trabalho e nos espaços públicos. Ao mesmo tempo, realizar um trabalho criativo nas redes sociais. Tudo isto regido por uma campanha planejada, que, além desses pontos assinalados, busque viabilizar, na forma da lei, as bases materiais e financeiras para além do Fundo Eleitoral.

Menos de dois meses nos separam do primeiro turno das eleições. Todas as energias do coletivo militante, com sentido de urgência, devem ser canalizadas ao êxito do projeto eleitoral do Partido. Cada organismo partidário, cada dirigente, cada militante, todos/as somos chamados a realizar uma campanha alegre, propositiva, combativa, carregada de esperança, focada na conquista do voto e capaz de eleger nossos/as candidatos/as, bem como de nossos aliados.

Em busca do voto, camaradas!

Mobilização total pela vitória do projeto eleitoral do PCdoB!

Brasília, 9 de agosto de 2024

Comissão Política Nacional (CPN) do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)