O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) manifesta, em nota, solidariedade ao povo e ao governo da Venezuela e condena as recentes ameaças dos EUA ao país. O documento emitido neste sábado (23), ressalta a importância de, neste momento, “relembrar o princípio da não intervenção previsto na Constituição Federal brasileira, e a defesa da paz e da integração latino-americana”.

A nota ainda se refere diretamente à recompensa estabelecida pelo governo Trump pela “captura do presidente Nicolás Maduro, bem como a presença militar de destróieres norte-americanos nas águas do Caribe, nas proximidades da Venezuela — ações que configuram grave intimidação e tentativa de desestabilização regional”.

Leia a íntegra abaixo:

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) manifesta sua plena solidariedade ao povo e ao governo venezuelano diante das recentes ameaças protagonizadas pelos Estados Unidos.

Condenamos o anúncio feito por Donald Trump, em 9 de agosto de 2025, de recompensa pela captura do presidente Nicolás Maduro, bem como a presença militar de destróieres norte-americanos nas águas do Caribe, nas proximidades da Venezuela — ações que configuram grave intimidação e tentativa de desestabilização regional.

É importante, neste momento, relembrar o princípio da não intervenção previsto na Constituição Federal brasileira, e a defesa da paz e da integração latino-americana. Denunciamos também a clara violação do direito internacional — que veda o uso ou a ameaça do uso da força e garante a autodeterminação dos povos.

O PCdoB exorta os povos e países da América Latina e Caribe a construírem a mais firme unidade diante da ofensiva imperialista contra a região. Neste sentido, tem relevante importância a declaração dos países que integram a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), a qual repele as ameaças e sustenta que a região deve se manter “livre de ameaças, agressões e medidas unilaterais, inclusive as coercitivas”.

A integridade e a soberania da Venezuela devem ser respeitadas através da saída imediata dos navios de guerra dos EUA e do fim das ameaças externas contra seu legítimo governo. 

A América do Sul é uma zona de paz e assim deve continuar.

Executiva Nacional do PCdoB

(PL)