Foto: Victor Jucá/Divulgação

O cinema brasileiro vive uma de suas melhores fases. Desta vez, o destaque está em “O Agente Secreto”, do pernambucano Kleber Mendonça Filho. O filme, na avaliação da revista americana Variety, pode superar “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, no Oscar. Ambos, diga-se, tratam da ditadura militar no Brasil.

Segundo a publicação, o filme pode aparecer nas categorias de melhor atuação, direção, roteiro original e filme no Oscar de 2026. O longa de Salles, por sua vez, concorreu a melhor filme, atriz e melhor filme internacional — sendo esta a categoria que lhe rendeu a estatueta.

Em Cannes, “O Agente Secreto” recebeu o prêmio da crítica, o de melhor ator, pelo trabalho de Wagner Moura, e melhor edição. Neste final de semana, iniciou sua exibição no Festival de Telluride, nos Estados Unidos, importante etapa para a caminhada rumo ao Oscar, além de figurar o Festival de Londres.

Também neste início de setembro, o filme estará no Festival Internacional de Toronto, no Canadá e, mais adiante, participará dos de San Sebastian, na Espanha, e de Nova York.

Por aqui, o filme tem presença marcada em festivais como os de Brasília e Rio de Janeiro, além da Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte. O lançamento oficial no Brasil acontece em 6 de novembro.

O cinema pernambucano e, em especial o de Mendonça filho, tem larga tradição e desponta com filmes de alta qualidade e com uma linguagem que sai do tradicional.

“O Agente Secreto”, ao que tudo indica, não foge da regra dos grandes filmes do diretor, que também assinou obras como “Bacurau” (2019) e “Aquarius” (2016), que também competiram em Cannes.

O filme é um triller político que se passa no Recife de 1977, durante a ditadura militar, e conta a história de Marcelo (Wagner Moura), um especialista em tecnologia que foge de um passado misterioso e volta à capital pernambucana em pleno Carnaval, em busca de paz. Ele logo percebe, no entanto, que a cidade está longe de ser o refúgio que procura.

Além de Moura, o elenco conta com outros nomes consagrados do cinema nacional e internacional, como Maria Fernanda Cândido, Udo Kier, Hermila Guedes, Thomás Aquino, Alice Carvalho, Gabriel Leone.


Com agências