Notória golpista Corina Machado recebe Nobel da Paz
Indicada pelo secretário de Estado de Donald Trump, Marco Rubio, e por vários membros do Partido Republicano dos EUA, a golpista venezuelana, María Corina Machado, levou nesta sexta-feira (10) o “Prêmio Nobel da Paz de 2025″. Pesou para a indicação do Departamento de Estado os desserviços à promoção da democracia e seu apoio à invasão do país pelos EUA.
Diante do enorme destacamento militar dos Estados Unidos no Caribe, Corina Machado expressou não só o seu respaldo, como as boas-vindas às tropas estrangeiras, contra o que o governo de Nicolás Maduro denunciou como “ameaça” ao mobilizar centenas de milhares de patriotas para impedir qualquer aventura.
“Nós, venezuelanos, em breve recuperaremos nossa soberania e democracia. Estamos prontos para assumir as rédeas do novo governo”, declarou a “líder” oposicionista, propondo uma recepção calorosa aos invasores. A postura de submissão foi rejeitada por 64% da população.
A maioria dos países reunidos na Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), incluindo Brasil, México e Colômbia, também se pronunciaram, manifestando “profunda preocupação” pela movimentação militar “extrarregional” na região. “Se recorda que a América Latina e o Caribe foram proclamados como Zona de Paz, compromisso adotado por todos os Estados-membros e sustentado em princípios como: a abolição da ameaça ou o uso da força, a solução pacífica de controvérsias, a promoção do diálogo e o multilateralismo, o respeito irrestrito à soberania e à integridade territorial”, assinalaram.
Completamente destoante da realidade, de forma descarada, o jurado do “Nobel da Paz” insistiu no papel de Machado como “figura-chave e unificadora em uma oposição política que antes esteve profundamente dividida”, condenaram entidades dos movimentos sociais e de direitos humanos.
A lista de desserviços de Corina Machado é longa, recordam, e vem de há tempos: “em 2020, ela solicitou à Organização dos Estados Americanos (OEA) a aplicação do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) à Venezuela: ‘A única opção é vencer! E a única maneira de nos livrarmos das máfias e da corrupção é o TIAR’”. Uma aliança militar estrangeira para pôr fim à soberania nacional e aos direitos conquistados pelos cidadãos da Pátria de Bolívar.
Um documento datado de 11 de maio de 2020, intitulado “Uma operação urgante dee forças conjuntas é necessária para deter a tragédia na Venezuela” conclamava os cidadãos e governos democráticos do Ocidente para travar a “luta espiritual entre o bem e o mal, até o fim”.
“A missão de Machado e daqueles que a acompanham é clara, indisfarçável: desintegrar a Força Armada Nacional Bolivariana da Venezuela (FANB) e devolvê-la ao seu ponto de partida, transformando-a em um instrumento subordinado aos interesses dos Estados Unidos, revivendo Monroe e Adams, num esforço para reavivar a Guerra Fria, estreitando a imensidão do Atlântico e desintegrando o exército para convertê-lo em um aparato policial estritamente repressivo”, denunciaram as entidades venezuelanas.
Entre outros crimes e atropelos dos que a acompanham em sua nefasta caminhada, denuncia a advogada e líder salvadorenha Nidia Díaz, “não se pode esquecer do papel nefasto que Edmundo González Urrutia (seu candidato à presidência da Venezuela) cumpriu em El Salvador quando ele era o segundo na embaixada venezuelana, juntamente com o embaixador Leopoldo Castillo, conhecido como El Mata Curas (O Mata Padres)”.
Em contraposição ao assinalado pelos milhares de observadores nacionais e internacionais, a oposição, liderada por Machado, alega que venceu as eleições presidenciais de 2024, em que concorreu com a candidatura do agente da CIA Edmundo González Urrutia, exilado na Espanha após um mandado de prisão. Dando apoio ao seu nome, os Estados Unidos também não reconheceram o resultado das eleições.
Fonte: Papiro




