Brasil tem recorde de investimentos estrangeiros em 2024
O Brasil fechou 2024 com recorde de investimento estrangeiro, que somou US$ 1,141 trilhão, valor que representa quase a metade, 46,6%, do Produto Interno Bruto. A informação compõe o Censo de Capitais Estrangeiros, divulgado pelo BC nesta sexta-feira (26), em Brasília.
A série histórica, iniciada em 1995, o percentual de investimento direto estrangeiro era de 6% do PIB. Em 2000, passou para 17,1%, alcançando 25,2% em 2010.
O valor obtido é dividido em duas partes: US$ 884,8 bilhões são participação no capital social de empresas, ou seja, sócios; os demais US$ 256,4 bilhões são operações intercompanhia, isto é, empréstimos entre empresas.
Segundo ele, dentre os principais setores, que somam 40% dos investimentos, estão os de serviços financeiros (22%); eletricidade e extração de petróleo (8%); comércio, exceto veículos (7%) e eletricidade, gás e outras utilidades (5%).
“O mais importante é o caráter tipicamente produtivo desse investimento direto, aumentando capacidade instalada no país, contribuindo para crescimento de produtividade”, avalia o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha.
Ele pondera que apesar do recorde em relação ao PIB, em termos absolutos, o estoque de investimento direto no país era maior ao fim de 2023, marcando US$ 1,3 trilhão.
A maior parte dos investimentos estrangeiros diretos — considerando o país controlador do investimento estrangeiro, o que desconsidera se havia subsidiárias ou paraísos fiscais pelo caminho — tem como primeiro colocado os Estados Unidos, com US$ 232,8 bilhões (26% do total). Na sequência estão a França, com US$ 69,3 bi (8%); o Uruguai, com US$ 58,4 bi (7%); a Espanha, US$ 50,0 bi (6%) e os Países Baixos, US$ 48,6 bi (5%).
Se levados em consideração os paraísos ficais ou onde as empresas têm subsidiárias, a lista inclui Luxemburgo como quinto colocado (com US$ 145 bilhões) e as Ilhas Cayman (US$ 20,7 bi) em décimo.
Com informações da Agência Brasil



