Foto: Rafa Carvalho/PT

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (9), nova fase da Operação Sem Desconto, que apura o esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Com apoio da CGU (Controladoria-Geral da União), foram cumpridos 66 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal) nos Estados de São Paulo, Sergipe, Amazonas, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Pernambuco, Bahia e no Distrito Federal.

Segundo a PF, a ofensiva busca aprofundar as investigações e esclarecer crimes como inserção de dados falsos em sistemas oficiais, organização criminosa e ocultação de patrimônio.

Trata-se, a operação, de desdobramento da primeira fase, deflagrada em abril, que revelou irregularidades na cobrança de mensalidades associativas diretamente nos contracheques de aposentados e pensionistas do INSS — sem qualquer autorização dos beneficiários.

A AGU (Advocacia-Geral da União) pediu o bloqueio de R$ 2,56 bilhões em bens de 12 entidades e seus dirigentes, valor que deverá ser usado para ressarcir as vítimas.

O pedido foi dividido em 15 ações judiciais para agilizar o andamento dos processos.

Auditorias da CGU mostram que os débitos começaram a crescer ainda em 2018, no governo Michel Temer (MDB), recuaram nos 2 anos seguintes e voltaram a disparar entre 2021 e 2024 — período em que o prejuízo estimado saltou 119%, já no governo Lula (PT).

Fonte: Página 8