Sabesp lança esgoto irregular no Rio Pinheiros

Uma falha em uma das bombas da Estação Elevatória de Pinheiros da Sabesp, em SP, provocou um vazamento de esgoto em um trecho do Rio Pinheiros, deixando-o escuro e com mau cheiro nos últimos dias, agravado no sábado (2)
A Sabesp admitiu o problema e disse que os vazamentos podem se repetir enquanto não são feitas as substituições dos equipamentos.
Após um ano de privatização, essa não é a primeira vez que vazamentos desse tipo ocorrem em São Paulo. Um exemplo foi o ocorrido em junho passado, quando a Sabesp lançou 216 milhões de litros de esgoto por dia no Córrego Mandaqui, afluente do Rio Tietê. O despejo de esgoto aconteceu como forma de esvaziar a tubulação rompida na Marginal, próximo à Ponte Atílio Fontana, após o colapso da estrutura que causou uma cratera no asfalto.
Em abril de 2025, a mesma região já havia enfrentado problemas semelhantes, incluindo uma cratera na Marginal Tietê, atribuída a falhas na rede de esgoto e instabilidade do solo.
Nas duas ocasiões, a Companhia Ambiental do Estado (Cetesb) acionou a Sabesp e, pelo vazamento dos últimos dias, multou a empresa em mais de R$ 1 milhão assim que foi notificada da ocorrência.
De acordo com o Diretor Regional da Sabesp, Nivaldo Rodrigues da Costa Júnior, a manutenção do vazamento deve demorar 60 dias.
“Algumas bombas não estão atingindo a performance plena, especialmente em horários de maior volume de esgoto, à tarde e no início da noite. Alguns extravasamentos foram gerados, como ontem”, disse Nivaldo Rodrigues.
Segundo ele, a estação, considerada o maior sistema de bombeamento de esgoto do país, atualmente opera com três das quatro bombas necessárias, já que uma precisa ser substituída.
O diretor informa que, no entanto, para o extravasamento de esgoto ser sanado completamente, somente com a substituição de todas as bombas, que só estão previstas para o primeiro semestre de 2026, já que estão em produção na Suíça.
Segundo a empresa, as substituições das bombas, que estão vencidas há cinco anos, não foram feitas ainda por falta de recursos.
Fonte: Página 8