Estudantes se mobilizaram em defesa das escolas técnicas | Fotos: Comunicação/UMES

Tetos caindo, alagamentos, goteiras, fala de ventiladores, infestação de pragas e falta de merenda, essa é a realidade dos estudantes da maioria das Escolas Técnicas do Estado de São Paulo sob o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos). Diante da gravidade da situação, estudantes das escolas técnicas da capital paulista realizaram, nesta quinta-feira (10), um importante ato em frente a sede do Centro Paula Souza (CPS), para denunciar o descaso do governo com a maior rede estadual de ensino técnico do país.

O ato convocado pela União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES) contou com a participação de escolas técnicas de toda a cidade, que denunciaram a gravíssima situação de desmonte do ensino técnico pelo governo Tarcísio.

“Eu queria ver se o filho do Tarcísio, se o filho de qualquer parlamentar que quer privatizar as escolas, que faz descaso do investimento da educação, fosse comer na ETEC e visse os pombos em cima dos pratos, visse larva nas comidas, visse a falta de estrutura das ETECs”, desabafou o estudante Pedro Alves, presidente do grêmio da ETEC Getúlio Vargas, uma das principais escolas da cidade, durante o ato.

A presidente da UMES, Valentina Macedo, denunciou o descaso do governo Tarcísio com a educação.

“Não são casos isolados, é uma situação generalizada que está acontecendo nas ETECs do Estado de São Paulo. São dezenas de denúncias de escolas com estruturas completamente precarizadas, falta de professores, merenda de qualidade muito baixa. É por isso que os estudantes estão nas ruas hoje”, destacou Valentina.

O ensino técnico de São Paulo resistiu por muitos anos e mantendo-se como referência nacional em educação profissionalizante. Contando atualmente com 228 ETECs, que atendem mais de 224 mil estudantes em diferentes modalidades de ensino. São oferecidos 262 cursos, incluindo 118 técnicos (presenciais, semipresenciais e online), 109 cursos de Ensino Médio integrado ao Técnico (35 em tempo integral) e 35 especializações técnicas. Assim como as Universidades Estaduais, as escolas técnicas são vinculadas à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e não à Secretaria de Educação.

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