PCdoB-SC define pré-candidatos à Câmara Federal e Assembleia Legislativa
O Partido Comunista do Brasil em Santa Catarina divulga nota com análise da conjuntura no Estado “Nossa tarefa é romper com esse cerco ideológico e apresentar um projeto onde o desenvolvimento econômico esteja de mão dada com a justiça social, a valorização da vida, da ciência e do trabalhador”, diz a nota.
Além de divulgar o nome de Giovana Mondardo como pré-candidata a deputada federal e de Paulinho da Silva a deputado estadual, o PCdoB-SC reafirma a unidade partidária, a defesa da democracia e a necessidade de construir uma candidatura ampla e unitária ao Senado, capaz de derrotar o bolsonarismo no Estado.
Confira a íntegra da Resolução Política Direção Estadual do PCdoB de Santa Catarina
1 – A Conjuntura Catarinense
Santa Catarina, assim como o Brasil, vive um momento de intensa luta política. Nosso estado, construído pela força de trabalhadoras e trabalhadores migrantes de diversas partes do Brasil e do mundo, tem seu tecido social costurado a partir de uma rica diversidade, o qual, foi capturado nos últimos anos por um projeto que tenta impor uma falsa unanimidade conservadora.
Essa narrativa de ódio e intolerância não é a essência do nosso povo. Santa Catarina é a terra de Anita Garibaldi, Antonieta de Barros, da guerra do contestado, da Novembrada e que no início dos anos 2000 foi vanguarda na chamada “onda vermelha”.
Nosso estado não é o berço do fascismo, ele está hoje, refém dele. Vivemos um momento em que uma narrativa autoritária tenta sequestrar nossa identidade, vendendo a imagem de um estado ultraconservador, para silenciar nossa histórica vocação para o trabalho, a cooperação e a luta democrática.
Por isso os desafios para 2026 são mais que desafios eleitorais, trata-se da disputa das mentes e dos corações do povo catarinense. É necessário resgatar Santa Catarina das mãos do atraso e do extremismo. Ser catarinense não é ser subserviente à exploração, muito menos ser curral eleitoral de uma família que acha que o estado se resume à manutenção de seu espólio eleitoral, onde a única identificação dos Bolsonaros com SC são as curtas temporadas em nossas praias.
O Catarinense é um povo solidário, criativo e corajoso. Nossa tarefa é romper com esse cerco ideológico e apresentar um projeto onde o desenvolvimento econômico esteja de mão dada com a justiça social, a valorização da vida, da ciência e do trabalhador.
2 – Levar a esperança para Câmara Federal e reeleger Lula
Eleger uma COMUNISTA por Santa Catarina, no atual contexto, carrega mais que uma vitória eleitoral, é um símbolo e a prova viva de que a esperança é capaz de furar o bloqueio do medo. Será a afirmação de que o estado em que Bolsonaro julga ser seu quintal, cresce a resistência, a defesa da ciência e a luta intransigente pelos direitos das mulheres, da juventude, e da classe trabalhadora no geral.
O simbolismo a eleição de uma jovem, mulher, LGBTI+, trabalhadora da saúde à Câmara Federal, sendo esta a consolidação de uma fissura na suposta hegemonia reacionária de nosso Estado, não está restrito ao debate dos signos, mas sim uma resposta ao chamado pelo revigoramento partidário, repetido quase como um mantra em nossos fóruns desde a Conferência Nacional de nosso Partido em 2019.
3 – Retomar nossa cadeira na ALESC e radicalizar a oposição à Extrema-Direita
O projeto federal abre caminhos, mas precisamos lutar por mais vozes progressistas e comprometidas com o povo, que defendam Santa Catarina de quem quer vendê-la, ter um mandato que seja instrumento da organização popular. A ausência de uma voz comunista no parlamento estadual é sentida em cada tentativa de privatização ou do avanço de uma pauta reacionária, episódios que são diários.
Nosso histórico de atuação na ALESC reitera a importância da eleição de um Comunista como Deputado Estadual, nossos mandatos sempre foram as principais vozes de uma real oposição aos Governos reacionários em Santa Catarina. Na iminência da continuidade deste ciclo de atrasos na Casa d’Agronômica, visto as últimas pesquisas eleitorais que mostram uma tendência consolidada da reeleição do Governador Jorginho Melo, é de suma importância que nossa militância centre esforços na retomada de nossa cadeira na Assembleia.
4 – Unidade e Coesão Partidária
O fortalecimento do nosso partido em Santa Catarina, o qual, perpassa pelo desafio eleitoral de 2026, requer a radicalização da nossa Unidade Partidária e sua devida coesão, tendo clareza do nosso desafio indissociável: eleger Giovanna Mondardo para Câmara Federal e retomar nosso assento na ALESC com Paulinho da Silva, além do fortalecimento do nome da camarada Larissa Stephanie, o caminho para o êxito se dá justamente pela intersecção destas pré-candidaturas.
5 – Defender a Democracia passa pelo Senado.
Estamos caminhando para uma encruzilhada em 2026. A extrema direita tem um plano claro, criar uma maioria no Senado para 2027. Santa Catarina tem papel decisivo para impedir esse cenário.
A construção de uma candidatura pelo campo progressista não é apenas uma tática, é a defesa da nossa democracia. Devemos construir uma alternativa viável, ampla e unitária, para servir como uma barreira de contenção contra o extremismo.
6 – Construir Pontes para Vencer.
Não venceremos o isolamento político sozinhos. O momento nos exige grandeza para construir pontes. O PCdoB se coloca à disposição para construção de um movimento político que una os movimentos sociais, o setor produtivo comprometido com o desenvolvimento nacional, a intelectualidade e com todas as forças democráticas do estado.
Nosso convite é para todos olhem para 2026 com altivez e ousadia. A polarização artificial, criada pela extrema direita, tenta nos silenciar. Mas precisamos ser um farol que ajude a jogar luz sobre os rumos da política de Santa Catarina. Vamos construir em unidade, um amplo movimento que seja capaz de dialogar com nosso povo, e disputar os rumos de Santa Catarina e do Brasil.




