Hugo Motta | Foto: Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou que os parlamentares precisam “gastar energia” com temas que sejam “avanços para o país”, ao invés da proposta que garante impunidade para os golpistas de 8 de janeiro de 2023.

“Eu penso que o Brasil tem muitos desafios, muitos problemas a serem resolvidos pela frente, que passa também pelo parlamento, e é nessa agenda que temos que focar”, disse na segunda-feira (21). Ele citou desafios na saúde, educação e segurança pública.

“É gastarmos energia com aquilo que realmente venha representar avanços para o país na saúde, educação, segurança pública, e penso que o parlamento tem que focar nessa agenda que é o que realmente a população espera de nós neste momento”, afirmou o presidente da Câmara.

Após conseguir as assinaturas necessárias para protocolar o pedido de urgência para o Projeto de Lei da Anistia, os bolsonaristas pretendem continuar a pressão sobre Hugo Motta para que ele paute o tema no Plenário.

Motta tem conversado com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) acerca da situação. O Supremo foi responsável por avaliar as denúncias e condenar os envolvidos no ataque de 8 de janeiro.

O presidente da Câmara falou que tem “buscado trabalhar sempre dialogando com as lideranças partidárias, com o Senado, com as outras instituições. [A anistia] É um tema, como todos sabem, que divide a Casa”.

“Eu tenho buscado conduzir a Casa com muita serenidade e equilíbrio, essa será mais uma discussão que vamos conduzir dessa forma, ouvindo a todos, para que o Brasil possa sair dessas discussões mais forte”.

Apesar de seus aliados falarem para os deputados que não há definição de quais condenados serão beneficiados pela proposta de impunidade, a posição expressa por Jair Bolsonaro é de que só interessa a seu grupo uma “anistia ampla, geral e irrestrita”. O ex-presidente falou que “não nos interessa redução de pena”.Um texto que traga impunidade de forma “ampla, geral e irrestrita” contempla o próprio Jair Bolsonaro, que é réu no STF por liderar a tentativa de golpe.

Fonte: Página 8