Funcionários da Saúde e Defesa Civil se unem aos palestinos na celebração do cessar-fogo | Foto: Z H A Qraiqea-Anadolu

Conforme compromisso estabelecido com o Hamas nos termos do acordo de cessar-fogo, as israelenses Emily Damari, Doron Steinbrecher e Romi Doron são liberadas e entregues ao comboio da Cruz Vermelha na praça central da cidade de Gaza.

Uma vez cumprida a parte do acordo pelo Hamas, entregando as reféns israelenses, conforme combinado e, segundo o pessoal da Cruz Vermelha em “bom estado de saúde”, resta ao serviço prisional israelense a liberação de 90 palestinos, até aqui mantidos nas prisões, a serviço da ocupação, em Israel.

O Hamas havia dito que se mantém comprometido com os termos do acordo e que a demora em entregar os nomes da prisioneiras israelenses sob sua custódia se devia “a problemas técnicos”.

Foi o suficiente para Netanyahu passar por cima dos termos do acordo e seguir bombardeando Gaza durante três horas após o momento acordado para início do cessar-fogo que estava previsto para as 8:30 da manhã deste domingo.

Só este bombardeio assassinou mais nove palestinos e feriu outros 36, elevando o macabro e genocida número de mortos palestinos que, após 15 meses de bombardeio, se aproxima dos 47.000.

A imprensa israelense divulgou falas de Netanyahu de que, mesmo depois do acordo de cessar-fogo, o bombardeio poderia ser retomado (a qualquer pretexto), ameaça que o Movimento de Resistência Islâmica respondeu pedindo a mobilização da comunidade internacional em solidariedade aos palestinos e impedindo a retomada do extermínio.

Para mostrar a voracidade assassina do fascismo israelense, basta ver a declaração de um dos ministros do governo israelense, Bezalel Smotrich, que chamou o acordo de catástrofe e afirmou (já com os palestinos comemorando o cessar-fogo nas ruas de Gaza):

“Olhem para Gaza, destruída, inabitável e ela vai continuar assim”.

“Não se impressionem com os gritos de alegria [dos palestinos], muito cedo vamos varrer o sorriso de suas faces e substituí-los por prantos de desespero e choro dos que ficaram com nada”.

Outros três ministros preferiram renunciar diante da interrupção do genocídio: Itamar Ben-Gvir, da Segurança Nacional; Amichai Eliyahu, do Patrimônio e Yitzhak Wasserlauf, do Neguev e Galileia.

Os palestinos estão, desde o amanhecer, celebrando nas ruas de Gaza o cessar-fogo e a troca de prisioneiros que, pelo lado palestinos, estão previstos 1.700.

Enquanto isso, já começaram a entrar caminhões com alimentos, medicamentos e combustível na Faixa de Gaza. A previsão é de entrada de 200 caminhões neste primeiro dia de cessar-fogo.

Fonte: Papiro