Míssil de longo alcance entregue por Biden para ataques de Kiev ao território russo | Vídeo

Depois do presidente dos EUA em fim de mandato, Joe Biden, dar a permissão para a Ucrânia atacar o território russo com mísseis americanos de longa distância, o Ministério da Defesa da Rússia comunicou que impediu danos à região fronteiriça de Bryansk.

Segundo o governo russo, foram abatidos 5 de 6 mísseis do tipo ATACMS na madrugada desta terça-feira (19). Partes dos foguetes caíram sobre uma base militar russa causando um pequeno incêndio que rapidamente foi apagado.

“Hoje, às 3h25, o inimigo realizou ataques a objetos em território russo na região de Bryansk com seis mísseis balísticos. Segundo informações confirmadas, foram utilizados mísseis táticos ATACMS de fabricação americana. Cinco dos projéteis foram interceptados pelos sistemas de defesa antimísseis S-400 e Panzir, o sexto foi danificado”, comunicou o Ministério da Defesa russo.

“Partes do foguete caíram no território de uma instalação militar, causando um incêndio, que foi extinto imediatamente. Não há vítimas nem destruição significativa”.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, em coletiva de imprensa durante a cúpula do G20, fez duras críticas à essa decisão insana de Biden de liberar o uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia, fabricados, fornecidos e pagos pelos EUA, a território russo.

“O fato de que ATACMS foram usados ​​repetidamente esta manhã na região de Bryansk é, claro, um sinal de que os Estados Unidos querem escalar. É impossível usar esses mísseis de alta tecnologia sem os norte-americanos,” disse Lavrov a jornalistas.

Ele também recomendou que os líderes de outros países ocidentais primeiro leiam a doutrina nuclear da Rússia antes de tomar qualquer decisão sobre o assunto. “E não da maneira como leem a Carta da ONU, escolhendo apenas o que lhes agrada, mas a doutrina em toda sua plenitude,” disse.

Como resultado da escalada das agressões por parte dos norte-americanos, o presidente da Rússia, Vladimir Putin sancionou, nesta terça-feira o decreto para atualização da doutrina russa de dissuasão nuclear, que entra em vigor imediatamente.

Na principal alteração, a Rússia passa a considerar como um ataque conjunto uma agressão de um Estado não-nuclear aliado a uma potência nuclear, e passível de retaliação nuclear.

Segundo a doutrina russa de dissuasão, armas nucleares são para serem usadas de forma estritamente defensiva, e somente em condições extremas quando a integridade territorial da Rússia estiver sob ameaça e a fim de fazer cessar hostilidades por parte de adversários.

O presidente russo enfatizou em setembro que tais ataques com mísseis guiados seriam impossíveis sem o envolvimento direto dos militares, dos serviços de inteligência ocidentais e dos satélites dos países da Otan.

É que soldados da Otan dos países fornecedores desses mísseis devem inserir as coordenadas dos alvos, os dados de trajetória e a telemetria nos sistemas de controle dos mísseis ocidentais de longo alcance na Ucrânia. Esses dados só podem ser inseridos usando códigos ultrassecretos da Otan. Apenas soldados selecionados da Otan estão autorizados a fazê-lo, sob as mais rigorosas precauções de segurança.

Como rememorou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a seleção de alvos e outras manutenções desses mísseis “não são realizadas pelos militares ucranianos, mas por especialistas militares dos países ocidentais. Isto muda fundamentalmente a natureza da sua participação no conflito ucraniano. É aqui que reside o perigo e a provocação desta situação”.

Em setembro, quando começaram os rumores sobre tais autorizações ao regime de Kiev, Putin havia deixado bem claro que isso equivaleria a uma declaração de guerra direta contra a Rússia.

“Trata-se de decidir se os países da OTAN estão diretamente envolvidos no conflito militar ou não. Se esta decisão for tomada, significará apenas a participação direta dos países da OTAN, dos Estados Unidos e dos países europeus na guerra na Ucrânia”, declarou o presidente russo.

“Isso muda significativamente a própria essência, a própria natureza do conflito. Isto significará que os países da OTAN, os EUA e os países europeus estão em guerra com a Rússia”, sublinhou Putin.

Para operar os sistemas ATACMS ou seus equivalentes europeus, o regime de Kiev depende de apoio tecnológico e logístico dos países ocidentais. Na prática, é o pessoal da Otan que tem diretamente de operar o disparo dos mísseis e a seleção e introdução dos alvos.

“Não se trata de permitir ou proibir o regime de Kiev de atacar o território russo. Isto já ocorre, com a ajuda de veículos aéreos não tripulados e outros meios”, afirmou Putin em setembro.

“Quando se trata de usar armas de precisão de longo alcance fabricadas no Ocidente, a história é completamente diferente. O exército ucraniano não é capaz de desferir ataques com sistemas modernos de alta precisão e longo alcance de produção ocidental”, resumiu o presidente russo.

Fonte: Papiro