Brasil e ONU lançam Iniciativa Global contra as fake news climáticas
O encontro do G20 no Rio de Janeiro trouxe resultados palpáveis. Sob a liderança brasileira, a OMS garantiu US$ 1,7 bilhão em investimentos e foi lançada a Ação Global contra a Fome e a Pobreza. Mas além disso, na última terça (19), também foi anunciada a Iniciativa Global pela Integridade da Informação sobre Mudanças Climáticas.
Em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), o governo brasileiro apresentou a iniciativa para a Cúpula do grupo. A medida visa promover ações e pesquisas para combater campanhas de desinformação (fake news) que prejudicam o trabalho mundial contra as mudanças climáticas.
Conforme falou o presidente Lula, as ações de combate às mudanças climáticas “são muito afetadas pelo negacionismo e pela desinformação”.
Dessa maneira, os países não podem solucionar este problema sozinhos. Portanto, a iniciativa reúne países, organizações internacionais e redes de pesquisadores “para apoiar esforços conjuntos de combate à desinformação e promover ações para a COP30 no Brasil”, completou o presidente.
De acordo com a subsecretária-geral da ONU de Comunicação Global, Melissa Fleming, a proposta do Brasil é visionária para combater os “ecossistemas tóxicos de informação” que despejam uma “enxurrada de conspirações e mentiras” na internet para bloquear a transição energética.
Entre os países, Chile, Dinamarca, França, Marrocos, Reino Unido e Suécia já confirmaram participação na iniciativa.
A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, destaca a importância da medida para a divulgação de informações confiáveis como forma de subsidiar pesquisadores e comunicadores e confrontar a “desinformação relacionada ao clima que se espalha de forma descontrolada pelas redes sociais.”
A iniciativa deverá contar com financiamento dos países participantes para fortalecer estratégias globais de comunicação íntegra que ajude a desmascarar conteúdos desinformativos e as intenções por trás deles. O fundo será administrado pela Unesco e tem previsão de contar, nos próximos três anos, com um valor entre US$ 10 milhões e US$ 15 milhões.