Presidente D’az-Canel acompanha religamento após apagão atingir metade de Cuba
Na capital Havana, neste domingo, foi restabelecido fornecimento de energia elétrica a 231 mil consumidores com a recuperação de 75 circuitos de distribuição que fornecem 175 MW a 26% da população. 29 hospitais estão em funcionamento, informa o portal cubano Cuba Debate na sua seção de “Atualização permanente sobre a recuperação do sistema elétrico”.
O esforço de religamento é acompanhado pelo presidente de Cuba Díaz-Canel que se dirigiu neste domingo ao centro de operações da Empresa Elétrica de Havana. As redes locais nas diferentes cidades estão sendo parcialmente supridas por pequenos sistemas com geradores locais enquanto todo o Sistema Elétrico Nacional (SEN) não se restabelece.
Diaz-Canel atribuiu o colapso do sistema centralmente ao bloqueio exercido pelos Estados Unidos contra Cuba. “O colapso do sistema de energia é mais uma demonstração de todos os problemas que o bloqueio nos causa”, afirmou.
Ele ressaltou a razão do país não ter o combustível que necessita: “Tudo acontece por causa das divisas que não temos, devido à perseguição financeira e do combustível que não temos por causa da sabotagem energética”.
Os jornais cubanos apontam para a necessidade de pagamento a vista aos cargueiros dispostos a trazer petróleo e gás aos portos cubanos.
Também se torna extremamente custoso trazer ao país peças de reposição para as termelétricas do país.
Um colapso generalizado deixou a ilha sem energia na sexta-feira, 18. Durante o dia de sábado o religamento conseguiu retomar 16% do fornecimento, mas uma nova queda devido à oscilação do sistema provocou nova queda e a energia está sendo recuperada lentamente neste domingo.
Diaz-Canel informa que “os trabalhadores do setor estão chamados a trabalhar incansavelmente até a recuperação do SEN”.
Os engenheiros responsáveis pelo fornecimento de energia esclarecem que o reestabelecimento é complexo pois envolve diagnóstico dos problemas nas termelétricas e a retomada tem que equilibrar fornecimento e consumo para evitar oscilações que voltem a fazer o sistema colapsar. Para isso as termelétricas devem retomar a produção conjuntamente e conectadas entre si.
Com a retomada paulatina já entraram em operação centrais de Santa Cruz, Melones, Nuevitas e também a central flutuante de Mariel, informa o ministro de Energia Vicente Levy em intervenção através da TV estatal.
México e Venezuela se dispuseram a elevar o fornecimento de combustível a Cuba.
O ministro de Energia informou à imprensa cubana que “ministérios do setor e autoridades da Colômbia, México, Venezuela e Rússia estão em contato permanente e têm oferecido o envio de pessoal especializado”.
Fonte: Papiro