Itamaraty | Foto: Agência Brasil

O governo brasileiro condenou na segunda-feira (14), de forma veemente, a invasão de uma base da missão de paz da ONU no Líbano (UNIFIL), no domingo (13), pelas hordas do regime de Benjamin Netanyahu. Dois tanques destruíram o portão principal e invadiram uma base da UNIFIL, onde ficaram 45 minutos e dispararam tiros na direção da base.

Trata-se do terceiro dia com registros de ataques de forças da ditadura israelense a integrantes ou instalações da UNIFIL desde a semana passada. Cinco integrantes da missão de paz das Nações Unidas foram feridos nesses ataques. O governo brasileiro reitera a necessidade urgente de cessação das hostilidades.

O Brasil também deplorou a manifestação do regime israelense afrontando a ONU e pedindo a retirada das forças de paz do sul do Líbano. A missão de paz foi estabelecida em 1978 pelo Conselho de Segurança e atua desde então na manutenção da paz e da segurança no sul do Líbano. A missão apoia o governo do Líbano na restauração de sua autoridade na área; facilita o retorno de civis deslocados; presta assistência humanitária; e busca garantir que a área não seja usada por grupos armados.

O Itamaraty considera ataques deliberados contra integrantes de missões de manutenção da paz e instalações da ONU como absolutamente inaceitáveis e constituem grave violação do Direito Internacional, do Direito Internacional Humanitário e das resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Como tradicional participante de forças de paz da ONU, incluída a UNIFIL, cuja força-tarefa marítima foi liderada por militares brasileiros entre 2011 e 2021, o Brasil repudia as violações sistemáticas verificadas nos últimos dias.

Fonte: Página 8