Manifestação na última sexta-feira (11) em frente à Assembleia Legislativa | Foto: Cpers

As entidades que compõem a Frente dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (FSP/RS), realizaram um ato estadual unificado, na sexta-feira (11), em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre, contra a precarização dos serviços públicos no Rio Grande do Sul e intensificaram a pressão pela revisão geral dos salários. 

De acordo com o Sindicato dos Professores do RS (Cpers), desde 2014 o funcionalismo público estadual acumula perdas de mais de 60%, enquanto o reajuste neste período foi de míseros 6%. “O resultado? Crescente endividamento e o poder de compra cada vez mais corroído”, diz a entidade em nota.

O ato contou com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Durante a mobilização, representantes das centrais e sindicatos protocolaram na Assembleia Legislativa uma emenda ao PL 287/2024, que define a Lei Orçamentária para 2025.

No documento, as entidades reivindicam 10,14% de recomposição salarial para ativos, inativos e pensionistas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, Tribunal de Contas, Defensoria Pública, autarquias e fundações públicas estaduais, como forma de compensar parte das perdas inflacionárias acumuladas nos últimos anos.

As entidades defendem que a medida é viável e essencial para reduzir a defasagem salarial do funcionalismo estadual, sem comprometer o “equilíbrio fiscal do Estado”. “Agora, a pressão será voltada aos deputados e deputadas estaduais para que votem a favor das categorias. Dinheiro tem, basta vontade política!”, afirma o sindicato.

“Se algum deputado votar contra a nossa proposta, não é porque falta dinheiro, é porque falta vontade política daquele parlamentar em não valorizar o serviço público do nosso Estado”, destacou a presidente do Cpers, Helenir Aguiar.

Fonte: Página 8