Times Square lotada na marcha dos novaiorqunos em apoio aos palestinos e libaneses bombardeados por Israel. (Stephanie Keith/AFP)

Multidões saíram às ruas em marchas de apoio ao povo palestino em todo o mundo neste sábado (5), às vésperas do aniversário de um ano do ataque de 7 de outubro do Hamas no território israelense e do início da invasão militar israelense, que desatou o genocídio de Netanyahu, inicialmente em Gaza e espalhou-se depois para a Cisjordânia e o Líbano. As manifestações de apoio aos palestinos e libaneses e de repúdio a Netanyahu se espalharam pelas principais cidades da Europa, África e Américas.

Uma multidão marchou pelo centro de Londres, milhares também foram às ruas em Paris, Roma, Manila, Cidade do Cabo, Nova Iorque, Santiago do Chile, Caracas, entre outras. Perto da Casa Branca em Washington e em Nova Iorque milhares se manifestaram contra o apoio de Biden a Israel nos ataques assassinos em Gaza e no Líbano.

Na capital inglesa, 40.000 manifestantes vindos de todo o país e portando faixas e bandeiras palestinas e libanesas marcharam entoando slogans como “Cessar fogo agora!”, “Do rio ao mar, a Palestina será livre!” e “Tira as mãos do Líbano”.

O protesto foi liderado, entre outros, pelo ex-líder trabalhista Jeremy Corbyn (agora independente) e pelo ex-primeiro-ministro escocês Humza Yousaf.

Vários manifestantes transportavam cartazes que diziam “Starmer tem sangue nas mãos”, condenando o primeiro-ministro britânico.

“Queremos que Gaza seja livre!”, “A Itália deve parar de vender e enviar armas para Israel, devemos parar imediatamente o genocídio em Gaza!” ou “Israel, um Estado criminoso!”, bradaram os manifestantes em Roma, numa marcha em que participaram milhares de pessoas e teve alguns confrontos entre manifestantes pró-palestinos e a polícia.

Em Dublin, na Irlanda, várias centenas de pessoas manifestaram o seu apoio aos habitantes de Gaza com gritos de “liberdade e justiça para os palestinos”.

Na França, milhares marcharam em Paris e noutras grandes cidades como Lyon e Toulouse para mostrar a sua “solidariedade com os palestinos e os libaneses”.

Na capital francesa, a manifestação, que entoava “A Palestina viverá, a Palestina vencerá”, foi liderada por políticos da esquerda, incluindo Jean-Luc Mélenchon, líder da França Insubmissa (LFI).

“O Líbano, um país amigo, está sendo aniquilado, destruído e esquecido”, afirmou o político francês, acrescentando que “o exército israelense destrói escolas e hospitais, e ninguém faz nada”.

Na Espanha, Madrid congregou mais de 20 mil pessoas em apoio ao povo palestino. A manifestação foi convocada pela Rede de Solidariedade Contra a Ocupação da Palestina, uma plataforma constituída por uma multiplicidade de associações que clamam contra o genocídio de Israel.

Outras cidades como Alicante, Bilbao, Cádis, Santander, Arrecife, Girona e Granada, entre outras, também realizaram marchas denunciando o genocídio israelense e exigindo ao Governo espanhol o corte das relações diplomáticas com Israel.

Na África do Sul, no centro da Cidade do Cabo, milhares de pessoas manifestaram-se agitando bandeiras palestinas e entoando slogans como “Israel é um Estado racista”.

Os manifestantes, muitos deles com um lenço de estilo beduíno (kefia), símbolo da luta palestina contra Israel, marcharam em direção ao Parlamento sul-africano.

Muitos deles mostraram-se a favor da denúncia da África do Sul ante o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ). Pretória afirma que a ofensiva israelense em Gaza viola a convenção da ONU de 1948 contra o genocídio.

Fonte: Papiro