Celinda Sosa, embaixadora da Bolívia na ONU, denuncia devastação perpetradas por Israel contra o povo palestino | Foto: ONU

“A ocupação, os despejos forçados e o genocídio levaram a Palestina à devastação e destruição, criando uma prisão a céu aberto para milhares e milhares de pessoas, principalmente crianças e mulheres”, denunciou nesta quarta-feira a ministra de Relações Exteriores da Bolívia, Celinda Sosa, durante a 79ª sessão da Assembleia Geral da ONU que acontece em Nova Iorque.

A líder da Diplomacia boliviana reafirmou “o total apoio” do seu país à “autodeterminação e independência da Palestina” e à sua adesão “como Estado pleno da Assembleia das Nações Unidas”, salientando que o respeito pelos direitos humanos e o fim do genocídio israelense são os principais fatores para o estabelecimento da paz e da segurança na Palestina ocupada.

Desde o início da invasão israelense à Faixa de Gaza, que já resultou na morte de mais de 41.500 palestinos, a Bolívia convocou a comunidade internacional para se unir na condenação dos atos genocidas dos sionistas e para redobrar os esforços diplomáticos para procurar uma solução justa e duradoura para o conflito na região da Ásia Ocidental.

Nas suas declarações, Celinda também rejeitou “medidas coercivas unilaterais que violam os direitos humanos mais básicos e atrasam o desenvolvimento de muitos povos”, solidarizando-se com Cuba “e com todos os países do mundo que sofrem injustamente sanções unilaterais”.

No caso concreto de Cuba, Sosa qualificou de “injustiça” o bloqueio que os Estados Unidos impõem à ilha e a medida norte-americana de incorporar Cuba na ‘lista dos países patrocinadores do terrorismo’.

CONTRA BLOQUEIO SISTEMÁTICO

E a condenação à política genocida de Israel não é só de hoje. Como mais uma das medidas da Bolívia em apoio da Palestina e da situação que a sua população vive, foi emitida uma forte denúncia contra o bloqueio sistemático levado a cabo por Israel para dificultar as operações humanitárias na Faixa de Gaza.

No mês de maio último o país iniciou o envio de toneladas de produtos essenciais como arroz, óleo, leite em pó, água, medicamentos e outros com destino à Faixa de Gaza, que chegam por via marítima à sociedade do Crescente Vermelho Egípcio e depois são entregues ao governo palestino.

“Não posso deixar de denunciar o bloqueio sistemático que Israel vem executando para impedir a realização de operações humanitárias em Gaza (…). Impedir que a ajuda humanitária chegue ao povo palestino é uma violação muito grave dos direitos humanos e irá agravar a situação da população na zona de conflito”, afirmou a Ministra.

Fonte: Papiro