Jovens trabalhadores filiados à central GMB exigem melhores salários em ato realizado em Londres | Foto: GMB

No Reino Unido, sindicatos apontam a crescente taxa de desemprego entre a juventude britânica. Segundo as estatísticas, o número de jovens entre 18 e 24 anos sem trabalho tem percentual com crescimento acelerado. É o número mais alto desde a pandemia, aumento de 50% em dois anos.

Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas Britânico (Office for National Statistics), em maio de 2024 o número de jovens britânicos desempregados era de 597 mil, de 16 a 24 anos, uma alta de 51 mil se comparado ao ano passado. De janeiro para março desse ano houve um crescimento no desemprego de jovens de 18 a 24 anos, passando de 12.3% para 13.3%. Se contar jovens de 16 a 24 anos, o aumento é ainda maior, de 14.2%.

O Instituto também apontou a alta de contratações de empregados acima de 35 anos de idade nos últimos anos. Entre os anos de 2023 e 2024, contratações entre as idades de 35 a 49 cresceram 114 mil enquanto para as idades abaixo de 25 anos caíram 127 mil.

Jonathan Reynolds, Secretário de Estado de Negócios, Energia e Estratégia Industrial do Reino Unido, disse estar preocupado com os dados de desemprego.

Paul Nowak, secretário geral do Trade Union Congress (uma das maiores federações de sindicatos do Reino Unido), descreve a crise na contratação da juventude britânica como um legado maldito dos conservadores. “Os trabalhadores ainda enfrentam grandes problemas deixados pelos conservadores,” ele disse.

“Milhões de trabalhadores têm empregos inseguros e sem direitos laborais adequados. E o futuro dos jovens está em jogo à medida que o desemprego juvenil aumenta.”

“Há empregadores que apoiam os planos do novo governo para tornar o trabalho compensador e fortalecer os direitos dos trabalhadores. É hora de abandonar a abordagem de baixos salários e baixos direitos que tanto falhou para tantas pessoas,” completou Nowak.

Fonte: Papiro