Israel bombardeia palestinos em tendas e assassina 40 civis em Gaza
As forças de ocupação israelenses cometeram na madrugada de terça-feira (10) uma nova chacina na Faixa de Gaza após lançarem um intenso ataque aéreo contra a área onde foram assentadas as tendas dos deslocados civis em Mawasi, em Khan Yunis, a sudoeste da Faixa, região que o exército genocida de Netanyahu designou como zona humanitária.
O massacre, que ocorreu perto do Hospital Britânico, na entrada da área de Mawasi, resultou na morte de 40 pessoas e ferimentos de dezenas de civis, incluindo um grande número de crianças e mulheres, enquanto muitos cidadãos ainda estão desaparecidos, segundo informações da Agência Wafa.
A chacina se deu portanto em uma armadilha propositalmente arquitetada pelo governo genocida de Israel pois as pessoas aglomeradas sob tendas tornam-se alvos mais fáceis aos mísseis atirados pelos facínoras aos quais Washington segue armando até os dentes.
Médicos informaram que após três horas de operações de recuperação das vítimas ainda são realizadas buscas e que o número de vítimas deve aumentar.
“Estamos diante de um dos massacres mais hediondos desde o início da agressão israelense à Faixa de Gaza, famílias inteiras desapareceram na areia devido aos mísseis de choque”, afirmou a Defesa Civil palestina.
Segundo a imprensa e relatos locais, cinco mísseis foram usados no ataque, causando destruição total nas barracas e cavando nove metros de profundidade no solo, o que dificultou o acesso das equipes médicas e de resgate das vítimas.
Testemunhas oculares e paramédicos do Crescente Vermelho Palestino ressaltaram que as equipes médicas estão enfrentando grandes desafios para recuperar corpos e feridos devido à destruição maciça e às crateras profundas, apontando que área está em caos, com uma presença intensa de aeronaves de reconhecimento israelenses sobrevoando o local, em meio a uma queda total de energia e incêndios resultantes do bombardeio.
Eles também acrescentaram que um grande número de ambulâncias transportou os mortos e feridos para hospitais de campanha e centros médicos próximos, enquanto as equipes de resgate continuam procurando os desaparecidos.
Para variar, os israelenses disseram que tinham bombardeado o local porque lá estavam estacionados militantes do Hamas, declarações que o movimento palestino chamou de “mentira descarada”, e negou a presença de seus membros no local do ataque em Khan Younis. “A resistência confirmou repetidamente que nega a presença de qualquer um dos seus membros em concentrações civis”, afirmaram num comunicado.
O porta-voz presidencial palestino, Abu Rudeinah, afirmou que o massacre sangrento perpetrado hoje pela ocupação contra civis deslocados na área de Mawasi, a oeste de Khan Yunis, que levou à morte e ferimentos de centenas de civis, além das incursões contínuas em cidades, campos e vilas na Cisjordânia e a destruição de infraestrutura, é responsabilidade do governo dos EUA, que sustenta a ocupação.
“Sem esse apoio político, militar e financeiro sem precedentes dos EUA, os líderes da ocupação não teriam ousado cometer tais crimes e violar todas as resoluções de legitimidade internacional e o direito internacional matando crianças, mulheres e idosos sem responsabilização”, assinalou.
Ele enfatizou que o governo dos EUA deve retirar seu apoio cego a Israel antes que seja tarde demais.
O porta-voz presidencial enfatizou que esses crimes sangrentos não trarão segurança e estabilidade a ninguém, mas só aumentarão a resiliência e a firmeza do povo palestino em sua terra e em sua luta para obter liberdade e independência.
Ele ressaltou que a comunidade internacional não deve permitir que esses massacres e absurdos que levaram a região a uma guerra sem fim continuem, o que aumentaria a instabilidade devido à política de ocupação que agravou a situação em toda a região.
O número de pessoas mortas desde o início da agressão israelense na Faixa de Gaza em 7 de outubro de 2023 aumentou para 41.020. Cerca de 94.925 outras ficaram feridas.
Fonte: Papiro