Foto: Sintect

Os trabalhadores dos Correios nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Ceará, Alagoas, Maranhão, Piauí e Tocantins mantêm a greve da categoria iniciada na quinta-feira (7).

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo, Grande São Paulo e zona postal de Sorocaba (Sintect-SP), no primeiro dia da greve, “mais de 7.800 ecetistas em São Paulo paralisaram suas atividades, demonstrando a força e a unidade da categoria na luta por melhores condições de trabalho e por um reajuste salarial justo”. 

“A greve se mostra cada vez mais forte, e a adesão aumenta a cada dia. Este é um momento crucial, em que todos devemos estar juntos para garantir um reajuste salarial imediato, com reposição da inflação e aumento linear para todos os trabalhadores. Além disso, é imprescindível a redução do custeio do plano de saúde e o reajuste das funções. Nossa data base é 1° de agosto, e não janeiro, por isso exigimos o reajuste já!”, afirma o Sindicato. 

No Rio de Janeiro, ainda na manhã de quinta-feira, o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio de Janeiro (Sintect-RJ) realizou um ato em frente ao edifício sede dos Correios, protestando “contra a intransigência da direção da empresa, que até o momento não apresentou uma proposta convincente à categoria”.

Além das mobilizações nas agências, a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) divulgou uma Carta Aberta à População, afirmando que “sempre prezamos pelo respeito à população e pela prestação de serviços de excelência em todos os 5.570 municípios, mas a situação atual exige essa mobilização”.

A entidade relata que os trabalhadores dos Correios iniciaram um processo de diálogo com a direção da empresa, “participando de 14 reuniões para discutir nossas reivindicações”. “No entanto, apesar de nossos esforços, a empresa não apresentou uma proposta convincente. A única oferta foi um pequeno reajuste salarial apenas para 2025, ignorando nossa data-base de 1º de agosto deste ano”, prossegue a entidade.

O documento cita ainda a necessidade urgente da abertura de concurso público para os Correios, diante do significativo déficit de funcionários, que foi reduzido de um efetivo de 127.000 para os atuais 78.000, o que piora a qualidade do serviço prestado à população e as condições de trabalho dos funcionários. 

“Esta mobilização é fundamental para garantir nossos direitos e a sustentabilidade de nossas famílias, bem como para manter a qualidade dos serviços que prestamos a vocês”, finaliza a carta.

Fonte: Página 8