Destruição na cidade palestina de Tulkarem | Foto: AA

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmud Abbas, encerrou hoje, quarta-feira (28), sua visita oficial à Arábia Saudita e retornou à Faixa de Gaza antes do previsto por conta do ataque militar israelense no norte da Cisjordânia que até agora resultou na morte de 10 palestinos, ferimentos em outros 11 e na destruição de infraestrutura.

De acordo com a agência de notícias palestina Wafa, as forças de ocupação israelenses impuseram um cerco às cidades de Jenin, Tubas e Tulkarem, ao norte da Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967, realizando invasões a residências e interrogatórios contra moradores civis, obstruindo deliberadamente o trabalho das equipes de ambulâncias, impedindo-as de chegar aos feridos.

A agência denunciou que os militares estão estacionados perto dos centros médicos, incluindo o especializado Al-Isra, os governamentais e o Thabet Thabet.

Já o portal de notícias israelense Ynet destacou que duas brigadas de combate participam no ataque e disse que os militares cercaram numerosos hospitais para evitar a chegada de milicianos palestinos feridos, ação que impede a entrada de mulheres, crianças atingidos pelos bombardeios.

As escavadoras começaram a destruir numerosas casas e partes da infra-estrutura de água potável, sublinhou a agência Wafa.

A entrada de militares também é relatada em inúmeras cidades como Jamain, Beit Fajar, Al Yamoun, Tubas, Nablus, Salem e Qalquilia com o apoio de drones e helicópteros de combate.

Na Faixa de Gaza, as forças de ocupação israelenses cometeram quatro massacres contra famílias nas últimas 24 horas, resultando na morte de pelo menos 85 palestinos e ferimentos em outros 133, de acordo com o Ministério da Saúde da Palestina.

As fontes médicas confirmaram que o número de palestinos mortos no ataque genocida israelense desde 7 de outubro passado aumentou para  40.534, com mais  93.778  indivíduos sofrendo ferimentos. A maioria das vítimas são mulheres e crianças.

De acordo com as mesmas fontes, os serviços de emergência ainda não conseguem chegar a muitas vítimas e corpos presos sob os escombros, já que as forças de ocupação israelenses continuam a obstruir o movimento de ambulâncias e equipes de defesa civil.

O Parlamento Árabe condenou hoje, quarta-feira (28), a agressão israelense na Cisjordânia, que deixou mortos e feridos, bem como a destruição de infra-estruturas, considerando isto como um desafio às resoluções de legitimidade internacional, direito internacional e direito humanitário internacional.

A instituição denunciou que a escalada da ocupação e dos colonialistas contra as cidades da Cisjordânia, juntamente com a guerra genocida na Faixa de Gaza e as violações de locais sagrados islâmicos e cristãos na cidade de Jerusalém, alimentam o conflito e aumentam as tensões na região, responsabilizando pelos crimes o governo de Netanyahu.

O Parlamento apelou também à comunidade internacional e às Nações Unidas para que exerçam pressão sobre a ocupação para pôr fim a todas as formas de agressão e escalada, bem como para a necessidade de proporcionar um sistema de proteção internacional eficaz ao povo palestino e de forçar a ocupação israelense a um cessar-fogo imediato e permanente.

Fonte: Papiro