Ataque a abrigo de imigrantes na cidade de Roterham | Foto: CTV

Centenas de arruaceiros cercaram o hotel Holiday Inn Express – que serve de alojamento a imigrantes que aguardam decisão sobre solicitação de asilo – onde entraram em confronto com a polícia atirando tijolos e outros destroços, atearam fogo nas lixeiras e vandalizaram as janelas do hotel. Alguns dos extremistas agitavam bandeiras do Reino Unido. Até agora, 147 já foram presos.

A onda de violência contra imigrantes e muçulmanos começou quando três garotas foram esfaqueadas na cidade de Southport, no noroeste da Inglaterra. Prontamente, grupos de extrema-direita usaram a tragédia para espalhar desinformação nas redes sociais acusando de ser o assassino um muçulmano e imigrante, quando ambas as informações eram falsas.

A polícia inglesa já declarou que o assassino das três meninas era nascido no Reino Unido e que o ataque não tem nenhuma relação com terrorismo. O ataque também deixou oito crianças feridas.

O primeiro ministro britânico, Keir Starmer, condenou a onda de violência neste fim de semana.

“As pessoas neste país têm o direito de estar seguras e, no entanto, vimos comunidades muçulmanas sendo alvos, ataques a mesquitas, outras comunidades minoritárias isoladas, saudações nazistas nas ruas, ataques à polícia, violência desenfreada juntamente com retórica racista. Então não, não vou hesitar em chamar isso pelo que realmente é: banditismo de extrema direita,” disse o primeiro ministro.

O grupo antifascista ‘Hope not Hate’ (Esperança, não Ódio) denunciou que os racistas ingleses usam a rede social X (ex-Twitter) como foco de sua desinformação de extrema-direita e incitamento de violência.

“Esta onda de tumultos e ataques racistas não é organizada centralmente, mas emergiu de redes descentralizadas de extrema direita, muitas das quais operam em X,” disse Joe Mulhall, diretor de pesquisa da ‘Hope not Hate’ em entrevista para a CNN.

Fonte: Papiro