Foto: José Paulo Lacerda/Agência CNI

A produção industrial nacional cresceu 4,1% em junho deste ano, interrompendo dois meses consecutivos de taxas negativas, em que acumulou perda de 1,8%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (2). Entre abril e maio, a produção industrial física caiu -0,3% e -1,5% (dado revisado), respectivamente. Ambos resultados consideram o cálculo de ajuste sazonal.

Com o resultado, a indústria brasileira está 14,3% abaixo do pico recorde registrado em maio de 2011, e 2,8% acima do patamar pré-pandemia Covid-19 (fevereiro de 2020).

Ao avaliar o resultado geral da Indústria, o gerente de pesquisa, André Macedo, diz que o avanço “está relacionado não só com a base de comparação depreciada, explicada pelos dois meses consecutivos de queda na produção, mas também pela volta à produção de várias unidades produtivas que foram direta ou indiretamente afetadas pelas chuvas ocorridas no Rio Grande do Sul em maio de 2024”.

Em junho, a indústria de transformação registrou um crescimento de 4,5%, após a queda de 2,5% em maio. Já a indústria extrativa marcou alta de 2,5% ante maio (+3,4%).

Todas as grandes categorias econômicas registraram avanços em suas produções na passagem de maio para junho: bens de capital (0,5%); bens intermediários (2,6%); e bens de Consumo (6%), alavancado pelas altas em bens de consumo duráveis (4,4%) e bens de consumo semi e não duráveis (4,1%).

Entre as 25 atividades investigadas pelo IBGE em junho, 16 demonstraram avanços, com destaques para altas de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,0%), produtos químicos (6,5%), produtos alimentícios (2,7%) e indústrias extrativas (2,5%).

Também registraram crescimento em suas produções: máquinas e equipamentos (2,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (3,1%), metalurgia (5,0%), bebidas (3,5%), de produtos do fumo (19,8%) e de celulose, papel e produtos de papel (1,6%).

Do lado das taxas negativas, destaque-se: equipamentos de transporte (-5,5%), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-4,1%), impressão e reprodução de gravações (-9,1%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-2,7%).

Em relação a junho de 2023, a produção industrial avançou 3,2%. No acumulado do primeiro semestre de 2024, a alta é de 2,6%, e em 12 meses, o crescimento é de 1,5%. Nestes casos, o IBGE não considera o cálculo de ajuste sazonal – quando são descontadas as variações atípicas para determinados períodos diferentes do ano, como incidentes climáticos etc., por exemplo, que incidem sobre os dados do mês, alterando ou modificando a trajetória da série estatística.

Fonte: Página 8