Só na terceira semana de greve, patrões da Samsung aceitam abrir negociação
Depois de duas semanas de greve na Coreia do Sul, o sindicato denominado União Nacional de Eletrônicos Samsung (National Samsung Electronics Union – NSEU) com mais de 30.000 membros, anunciou que a Samsung quer retomar as negociações. É a primeira grande greve que os trabalhadores já fizeram contra a empresa.
No começo deste mês o NSEU iniciou uma greve por aumento salarial de 5,6%, bônus baseado no rendimento da empresa, compensações por perdas durante a greve e um dia de feriado no aniversário do sindicato. A iniciativa de começar a greve se deu pela indignação dos trabalhadores pelo tratamento dado pela empresa como cortes em bônus no ano passado (na Coreia do Sul é uma grande parte do salário).
A Samsung durante essas duas semanas de greve teria começado a sentir pressão quando sua produção de chips começou a ficar atrás dos concorrentes. Os grevistas também estavam sob pressão financeira por fazer greve sem perspectiva de pagamento, quanto mais a greve se estendia mais se aprofundava as dificuldades financeiras dos grevistas. A empresa também tem receio de que se eles não começarem a negociar o sindicato pode expandir a greve para mais setores e cortar a produção afetando a performance financeira da empresa.
Parece ser uma prática comum nas grandes companhias sul coreanas a promessa de um bônus de fim de ano como participação dos lucros da empresa só para sofrerem cortes sob a desculpa de baixas performances.
Fonte: Papiro