Aloizio Mercadante, presidente do BNDES | Foto: José Cruz/Agência Brasil

O Plano Safra 2024/2025 terá um aporte de R$ 66,5 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), valor que representa um aumento de 73% nos investimentos em comparação com o último ano-safra.

Do valor total, R$ 33,5 bilhões serão disponibilizados em recursos equalizáveis pelo Tesouro Nacional, com taxas de juros de 7% a 12% ao ano para médios e grandes produtores da agricultura empresarial. Os outros R$ 33 bilhões provêm de recursos próprios, por meio da linha BNDES Crédito Rural, sendo R$ 14,8 bilhões direcionados à agricultura familiar, via Pronaf, com juros entre 0,5% e 6% ao ano. Essa linha de crédito é voltada para projetos de investimento, aquisição isolada de máquinas, custeio e apoio a cooperativas.

Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o BNDES vem retomando seu papel fundamental no Plano Safra e no apoio ao setor agrícola. “Em dois anos o Banco deu um salto extraordinário: aumentamos os recursos em 57% no ano passado e mais de 70% este ano, demonstrando a atenção do Governo Federal com um setor imprescindível para nosso o país, que é terceiro maior produtor de alimentos do mundo e o segundo maior exportador”, afirmou.

De acordo com o banco, R$ 726 milhões destinam-se aos agricultores familiares das regiões Norte e Nordeste, “conforme estratégia de ampliar financiamentos que viabilizem a redução das desigualdades sociais e territoriais no país”.

Os protocolos para recebimento de propostas serão abertos nesta quarta-feira, 17. O Plano Safra 2024/25 vai de 1º de julho de 2024 a 30 de junho de 2025 e os financiamentos do BNDES podem ser contratados através de 12 programas de investimentos agrícolas, como Moderfrota, Pronamp, Moderagro, Renovagro, Inovagro e PCA, dentre outros.

O governo federal anunciou no início do mês que o aporte total do Plano Safra atual terá valor total de R$ 400,59 bilhões destinados a financiamentos, um aumento de 10% em relação à safra anterior.

Os produtores rurais podem, ainda, contar com mais R$ 108 bilhões em recursos de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), para emissões de Cédulas do Produto Rural (CPR), que serão complementares aos incentivos do novo Plano Safra. No total, são R$ 508,59 bilhões. 

Dos R$ 400,59 bilhões em crédito para a agricultura empresarial, R$ 293,29 bilhões será para custeio e comercialização e R$ 107,3 bilhões para investimentos.

Fonte: Página 8