Foto: FUP

Os petroleiros celebraram, na última sexta-feira (5), o retorno dos trabalhadores da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Araucária (Fafen) do Paraná ao Sistema Petrobrás. A unidade voltou a funcionar após quatro anos de seu fechamento durante o governo Bolsonaro. 

De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a recontratação inicial de 242 petroquímicos altamente especializados, que possuem entre 10 e 20 anos de experiência na unidade, é um passo significativo para a retomada da Fafen. A expectativa é que a reabertura da planta de fertilizantes nitrogenados de Araucária gere mais de 2 mil postos de trabalho, dinamizando a economia local. O evento marcou a retomada das atividades da Fábrica, realizado no Campus Zilda Arns, centro de treinamento da Petrobrás em Araucária. 

“É uma vitória para os trabalhadores e para o país, que voltará a ter soberania nacional no setor de fertilizantes e, por consequência, de alimentos. Lutamos muito para a reativação da fábrica e isso só aconteceu por determinação do presidente Lula, que sempre defendeu os trabalhadores e a autonomia do país”, destacou a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT), em suas redes sociais.

Recentemente, a Petrobras anunciou um investimento de R$ 1,2 bilhão para dar início ao processo de retomada da fábrica. “Essa vitória é fruto de um esforço conjunto e da determinação de todos que acreditaram na importância da Fafen para o Paraná e para o Brasil”, completou Gleisi.

Para Paulo Antunes, diretor do Sindiquímica-PR e um dos trabalhadores recontratados, “esse retorno é muito simbólico. Passamos por períodos inimagináveis nos últimos quatro anos, mas hoje vivemos um momento histórico. O clima é de muita alegria e celebração”.

Ademir Jacinto, diretor da FUP, destacou a importância da luta contínua das entidades sindicais para que todos os demitidos sejam recontratados. “Foi uma grande vitória, mas a luta continua. As articulações no Ministério Público, no TST e na FUP foram fundamentais para este momento”, ressalta.

O fechamento da Fafen em janeiro de 2020, durante o governo Bolsonaro, desestruturou a vida de centenas de trabalhadores. A greve nacional de fevereiro de 2020, a segunda maior da história da categoria, foi um marco de resistência contra o desmonte do Sistema Petrobrás que se consolidou agora com o retorno de suas atividades.

Fonte: Página 8