Armênia se soma a 146 membros da ONU no reconhecimento do Estado da Palestina
A Armênia reconheceu o Estado da Palestina, manifestou-se a favor de uma solução de dois Estados para o conflito provocado por Israel e pediu “a instauração imediata de uma trégua” na Faixa de Gaza.
“Reafirmando fidelidade ao Direito internacional e aos princípios da igualdade, da soberania e da coexistência pacífica dos povos, a República da Armênia reconhece o Estado da Palestina”, declarou o Ministério das Relações Exteriores em comunicado, nesta sexta-feira (21).
A Armênia “rejeita categoricamente os ataques à infraestrutura civil, a violência contra civis, bem como a tomada de reféns, durante o conflito armado, e junta-se às exigências da comunidade internacional para a sua libertação sem condições prévias”, apontou o texto.
“A catastrófica situação humanitária na Faixa de Gaza e o atual conflito militar são algumas das principais questões da agenda política internacional que devem ser abordadas”, afirmou.
O governo de Yerevan ressaltou que está “interessado em estabelecer a paz e a estabilidade no Oriente Médio, bem como em estabelecer uma reconciliação duradoura entre os povos judeu e palestino” e “apoia a solução de dois Estados para o conflito entre Israel e Palestina”.
“Estamos convencidos de que esta é a única forma de garantir que os palestinos e os israelenses possam realizar as suas aspirações legítimas”, concluiu.
VITÓRIA DO DIREITO, DA JUSTIÇA
Hussein al-Sheikh, secretário-geral do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), saudou a decisão de Yerevan.
“Esta é uma vitória do Direito, da justiça, da legitimidade e da luta do nosso povo palestino pela libertação e independência”, sublinhou, através de uma declaração difundida através das redes sociais.
A Armênia torna-se assim o 147.º Estado membro das Nações Unidas – dos 193 integrantes – a reconhecer a Palestina, seguindo as mais recentes decisões que, desde maio, trouxeram a Jamaica, Trindade e Tobago, Barbados, Bahamas, Espanha, República da Irlanda, Noruega e Eslovênia ao campo dos que reconhecem o Estado da Palestina de pleno direito.
Como das demais vezes, a posição da Armênia suscitou hostilidade de Netanyahu que, inconformado com a amplitude da rejeição ao genocídio que comete em Gaza, convocou hoje o embaixador da Armênia para ‘protestar’ contra a decisão das autoridades de Yerevan.
A liderança palestina instou outras nações, especialmente os países europeus que ainda não reconheceram o Estado da Palestina, a seguirem o exemplo com base em resoluções de legitimidade inte
Fonte: Papiro