Manifestação em Bruxelas exige sanções e suspensão de envio de armas por países europeus a Israel | Foto: AA

“Levando em consideração a situação dramática no Oriente Médio, a Câmara Municipal de Bruxelas considera impossível organizar essa partida de alto risco em seu território”, explicou a prefeitura, ao apresentar a decisão de recusa do jogo BélgicaxIsrael adotada pela Câmara da capital belga.

Na justificativa à recusa, a Casa Legislativa Municipal destaca que a presença da seleção israelense provocaria intensas manifestações no município e alega “razões de ordem pública” para evitar a partida em seu território.

Portanto, afirmam as autoridades de Bruxelas, um jogo entre os dois países no estádio Roi-Baudoim, localizado na capital, poderia provocar tumultos, o que colocaria em risco a vida de torcedores e cidadãos comuns da cidade.

O jogo estava previsto para o dia 6 de setembro e é válido pela UEFA. Israel disputa o campeonato europeu uma vez que não consegue participar de disputas no Oriente Médio pois os países árabes se recusam a atuar em eventos esportivos com equipes representantes do regime de apartheid de Israel.

Bruxelas, assim como todas as capitais europeias, tem sido palco de manifestações massivas em repúdio ao massacre perpetrado pelas tropas de invasão, extermínio e ocupação israelenses, manifestações que se intensificaram com a razia em Rafah, ao sul da Faixa de Gaza onde se abrigam em prédios, casas e acampamentos de tendas, mais de um milhão de palestinos com o morticínio superando as 37 mil vítimas fatais de civis palestinos.

Uma das exigências dos manifestantes, artistas, trabalhadores e intelectuais, que se mobilizam em solidariedade aos palestinos por todo o Planeta, é que seja seguido o exemplo do amplo boicote à África do Sul, com os cidadãos negros submetidos ao regime de Apartheid, movimento adotado pela maioria das nações e que foi um apoio eficaz para pôr fim àquele regime racista e contribuir para levar ao poder o líder da luta contra o racismo sul-africano, Nelson Mandela.

Agora, com o morticínio diário não só em Gaza, mas se estendendo à Cisjordânia, o apelo começa a ser atendido e, particularmente, as universidades de diversas cidades em diferentes países, já boicotam intercâmbio com entidades israelenses e desinvestem em empresas e entidades educacionais de Israel. 

Fonte: Papiro