Foto: Reprodução/Ibama

Na última sexta-feira (14), servidores federais do meio ambiente de 11 estados aprovaram greve geral a partir do próximo dia 24. A decisão, tomada em assembleias organizadas pela Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional), reflete a insatisfação crescente entre os trabalhadores com o encerramento das negociações anunciado pelo governo federal.

Desde o fim de 2023, o Ministério da Gestão e Inovação no Serviço Público tem conduzido negociações com os servidores ambientais, que demandam valorização salarial e reestruturação de carreira. No entanto, as conversas foram encerradas abruptamente, com o governo alegando ter alcançado “o limite máximo, do ponto de vista orçamentário, do que é possível oferecer” aos trabalhadores.

Segundo Leandro Valentim, diretor da Asibama-RJ, a greve é uma resposta ao fim das negociações, que terminou sem uma proposta de valorização de carreira e salários para o setor. “Os servidores ambientais estão há meses lutando por uma reestruturação justa da carreira e melhores condições de trabalho. A falta de diálogo por parte do governo nos levou a esta paralisação, que infelizmente aprofundará os já significativos impactos em diversos setores, especialmente no de petróleo e gás”, afirmou Valentim.

De acordo com o sindicato, há anos o setor vem sendo desvalorizado, com mais de 4 mil cargos estão vagos, evasão de servidores, que chega a mais de 25%, em média, no Ibama e ICMBio, e uma perda de poder de compra que ultrapassa 75% nos últimos 10 anos.

A greve foi aprovada como um último recurso após esgotadas todas as tentativas de diálogo. A Ascema Nacional enfatiza que a decisão pela paralisação foi tomada com pesar, mas vista como necessária para garantir os direitos dos servidores. “A falta de diálogo por parte do governo nos levou a esta paralisação, que infelizmente aprofundará os já significativos impactos em diversos setores, especialmente no de petróleo e gás”, declarou Leandro Valentim, diretor da Associação dos Servidores da Área Ambiental Federal no Rio de Janeiro (Asibama-RJ).

Os trabalhadores de Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraíba, Espírito Santo, Pará, Acre e Rio Grande do Norte aprovaram indicativo de greve a partir do dia 24 de junho, enquanto para Distrito Federal, Santa Catarina e Bahia devem parar suas atividades a partir de 1º de julho. Os servidores do Ceará votaram contra a paralisação.

Fonte: Página 8