Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

A Coordenação-Geral de Cooperação Policial da PF (Polícia Federal) enviou, na semana passada, ofício à Ameripol (Comunidade de Polícias da América) em que pede ajuda para localizar 29 brasileiros foragidos. O organismo funciona como a Interpol das Américas e pode ajudar a PF a localizar os foragidos por meio de troca de informações com as polícias dos países membros.

A Ameripol enviou os nomes dos foragidos para a Anfast, rede do organismo que tem o objetivo de encontrar endereços de foragidos. Atualmente, 30 países das Américas fazem parte da Ameripol e acessam a lista Anfast.

Quando os nomes dos foragidos são incluídos nessa lista, as buscas são feitas pelas polícias de cada um dos países. Uma pessoa pode ser localizada a partir da utilização de cartão de crédito em estabelecimentos comerciais ou bancos, e documentos em órgãos públicos ou aduanas, por exemplo.

Cada país segue seus próprios protocolos, técnica de investigação e legislação.

Antes de acionar a entidade, a PF conseguiu localizar 48 brasileiros foragidos na Argentina. Os mandados começaram a ser cumpridos na última quarta-feira (5), em mais uma etapa da Operação Lesa Pátria, quando a Justiça determinou a prisão de 209 condenados ou investigados por participação nos atos antidemocráticos do 8 de janeiro.

Alguns estavam foragidos, outros descumprindo medidas cautelares. Houve também foragidos que estavam em prisão domiciliar e retiraram ilegalmente as tornozeleiras eletrônicas.

Até agora, apenas 50 pessoas foram localizadas e presas nos Estados do Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Paraná e no Distrito Federal.

Outros 48 foram localizados, por meio de cooperação policial; 29 nomes de foragidos foram enviados à Ameripol e mais nomes serão enviados nos próximos dias. E, ainda, 83 foragidos não foram listados.

Para a captura dos condenados ou investigados, considerados foragidos, a PF vai trabalhar na construção de pedidos de extradição.

Nessa etapa a cooperação já não será mais policial, mas judicial. Com isso, entram em ação o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Fonte: Página 8