Brasileira foi ferida e teve o rosto desfigurado por bombas de Netanyahu no Líbano
O bombardeio aéreo de Israel no último sábado (1) ao Líbano deixou a brasileira Fátima Boustani, de 30 anos, com o rosto desfigurado, e os dois filhos feridos. Enquanto a criança de 9 anos recebeu alta médica, a de 10 necessitou de cirurgia na perna e a equipe médica descartou amputação, que vinha sendo cogitada devido à gravidade do ferimento.
“Estamos na torcida para ela melhorar o mais rápido possível para trazer ela pra cá (para o Brasil). Graças a Deus está passando, aos poucos, muito pouco, o risco de morte”, declarou Hussein Ezzddein, primo do marido dela, Ahmad Aidibi, que está no Brasil.
Segundo Hussein, “Fátima vai precisar de muito trabalho, na verdade, para reconstituir o rosto dela, porque ele está destruído, não tem nada no rosto mais”. Devido à gravidade da situação, lamentou, ela precisará de “muitas cirurgias e de muitos especialistas que sabem mexer nessa área para construir um rosto de mulher de novo”.
O marido de Fátima, Ahmad Aidibi, mora em Itapevi, na Grande São Paulo, há cerca de cinco anos e retornou ao Brasil há três semanas, depois de visitar a família no Líbano. Após conseguir a cidadania brasileira, a esposa aguardava o fim do período escolar das crianças para se mudar para o país ainda neste ano, onde já morou e também tem parentes.
Além do bombardeio de Netanyahu ao Líbano, o governo Sírio denunciou que “aproximadamente às 00h20, hora local [18h20 de domingo em Brasília], Israel realizou um ataque aéreo a partir do sudeste de Aleppo, alcançando algumas instalações nos arredores da cidade”.
O Ministério da Defesa da Síria destacou que além de 16 mortos, os mísseis israelenses também causaram danos materiais com as explosões ocorridas na cidade de Hayyan, a norte de Aleppo.
Há uma semana, na segunda-feira (27), um membro das forças de segurança do Egito foi morto por Israel durante tiroteio próximo à passagem da fronteira de Rafah, na Faixa de Gaza. Até o momento uma “investigação” está em andamento sem que o governo de Israel tenha reconhecido o crime.
Fonte: Papiro