Negociação entre direção da empresa e eletricitários não tem acordo | Foto: CNE

Os trabalhadores da Eletrobrás aprovaram greve por tempo indeterminado após rejeição da proposta de acordo coletivo para o biênio 2024-2025 apresentado pela empresa. A paralisação, aprovada nesta terça-feira (4), terá início no próximo dia 10. A categoria decidiu também pedir a mediação do processo no Tribunal Superior do Trabalho (TST) “para um acordo justo e digno”.

Os funcionários da empresa, que foram contrários à privatização ocorrida ainda durante o governo Bolsonaro, tentam garantir que sejam mantidos os direitos que possuíam anteriormente. Enquanto isso, acionistas tentam maximizar seus lucros à revelia dos direitos trabalhistas, com medidas como corte de salários e plano de demissões.

O Coletivo Nacional dos Eletricitários afirma que “já entrou em contato com o Ministério de Minas e Energia e o Ministério do Trabalho e Emprego para tratar do assunto. A sinalização de demissão em massa na Eletrobras representa um risco significativo para o no sistema elétrico nacional e, consequentemente, à segurança energética e a soberania nacional. Cabe destacar que, desde a privatização, a empresa tem se empenhado na retirada de direitos trabalhistas e na demissão de profissionais altamente qualificados, resultando na redução do quadro de funcionários, com a institucionalização do assédio moral e do adoecimento mental da categoria”.

“O CNE está buscando, desde a primeira rodada de negociação, uma proposta que atenda aos anseios dos trabalhadores e trabalhadoras. Assim, a greve é uma resposta à postura intransigente da empresa, que coloca em risco não apenas os direitos e a vida dos trabalhadores, mas também a estabilidade e a segurança do setor elétrico nacional”.

“Nesse contexto, reafirmamos o nosso compromisso com a busca de um acordo que garanta respeito e dignidade aos trabalhadores do Sistema Eletrobras, elementos essenciais para a manutenção da qualidade dos serviços prestados à população brasileira.”, afirma a nota do CNE. 

“A diretoria da Eletrobras, focada em aumentar os lucros dos acionistas e a remuneração dos executivos, está implementando medidas que impactam diretamente os trabalhadores”. “O que tem sido colocado até então é: redução de salários e destruição de benefícios, incluindo o plano de saúde, ou seja, querem sugar até a última gota de sangue dos trabalhadores”, denunciam os eletricitários.

Fonte: Página 8