Foto: Divulgação/Metrô-SP

Os metroviários de São Paulo aprovaram indicativo de greve para o próximo dia 22, diante do descaso do Metrô e do governo Tarcísio de Freitas com a categoria, que não apresentaram nenhuma contraproposta em relação à Campanha Salarial.

A última proposta de reajuste salarial oferecida pela empresa, de 2,77% (inflação medida pelo IPC-Fipe), foi recusada pelos trabalhadores em assembleia no dia 5 de março. No dia 15, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo entregou ao Metrô uma nova pauta de reivindicações, mas, até agora, a empresa ignorou a categoria.

Os metroviários reivindicam aumento salarial acima da inflação, reajuste dos vale refeição e alimentação, recontratação de funcionários demitidos na última greve e a realização de concursos públicos para repor os quadros da empresa.

“Ocorreram 5 reuniões de negociação nos dias 16/4, 23/4, 30/4, 7/5 e 14/5. Na mesa de negociação, o Sindicato e a Comissão de Negociação insistiram, desde o princípio, que o Metrô deveria entregar sua proposta no último dia de negociação. Os negociadores da empresa concordaram com isso e disseram que, no dia 14/5, seria apresentada uma resposta global ao conjunto de reivindicações”, mas agora, “disseram que só poderiam apresentar a proposta no dia 5/6”, explica o sindicato.

“Metroviárias e metroviários realizam um serviço de excelência, reconhecido pela população pelo sétimo ano consecutivo como o melhor serviço público de São Paulo. Mesmo com o quadro de funcionários reduzido. Por isso, merecem respeito. São exatamente 2 meses desde quando a empresa teve contato com as reivindicações e, após 5 rodadas, a empresa ainda não apresentou nenhuma proposta”, diz o sindicato em nota.

De acordo com a entidade, “para suspender o indicativo de greve, é necessário que tenha negociação de verdade e atenda as reivindicações da categoria”.

Fonte: Página 8