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Entre 2010 a 2022, a taxa de analfabetismo no Brasil teve uma queda de 2,6%, mostram os dados do Censo Demográfico 2022: Alfabetização, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Brasil tem 11,4 milhões de pessoas que não sabem ler e escrever um bilhete simples, segundo dados do Censo Demográfico de 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (17). A taxa de analfabetismo no país é de 7%, a menor desde o início da série histórica. Em comparação com 2010 (9,6%).

O instituto analisou dados do grupo de pessoas de 15 anos ou mais, que corresponde a 163 milhões de brasileiros.

Desde o início da série histórica até o ano de 2022, o Brasil conseguiu reduzir a taxa de analfabetismo em 49 pontos percentuais, segundo o IBGE. Em 1940, o grupo etário de pessoas com 15 anos ou mais tinha mais da metade de pessoas não alfabetizadas (56%).

Apesar da queda, as desigualdades raciais, etárias e regionais persistem. As taxas de analfabetismo de pretos e pardos são mais que o dobro das dos brancos. O número de indígenas que não são alfabetizados é quase quatro vezes maior na comparação com pessoas brancas.

A taxa de analfabetismo entre brancos, no resultado nacional, é de 4,3%. Pretos (10,1%) e pardos (8,8%) apresentam mais do que o dobro desse percentual.

Entre indígenas, o índice é o quádruplo do apresentado pelos brancos: 16,1% de analfabetos, afirma o Censo.

De 2010 para 2022, a taxa de analfabetismo das pessoas indígenas caiu de 23,4% para 15,1%. A queda mais expressiva foi observada na região Norte (de 31,3% para 15,3%). Quanto às faixas etárias, a maior redução ocorreu entre pessoas de 35 e 44 anos (de 22,9% para 12%).

Os idosos de 65 anos ou mais têm a maior taxa de analfabetismo no Brasil, 20,3%, segundo o Censo 2022. Ainda assim, esse é o menor número já registrado. Em 2000, o índice de idosos que não sabia ler ou escrever era de 38%, uma queda de 46,7% em 22 anos. O grupo mais jovem, de 15 a 19 anos, tem taxa de analfabetismo de 1,5% em 2022.

A Região Sul continuou com a maior taxa de alfabetização, que aumentou de 94,9% em 2010 para 96,6% em 2022. Em seguida, está a da Região Sudeste, passando de 94,6% em 2010 para 96,1% em 2022.

A taxa da Região Nordeste permaneceu a mais baixa, apesar do aumento de 80,9% em 2010 para 85,8% em 2022. A segunda menor taxa de alfabetização é a da Região Norte, cujo indicador seguiu a tendência nacional, aumentando de 88,8% em 2010 para 91,8% em 2022, ficando um pouco mais próxima da Região Centro-Oeste, que passou de 92,8% em 2010 para 94,9% em 2022.

No Brasil, 50 municípios têm índices de analfabetismo iguais ou superiores a 30%, 48 dessas cidades estão no Nordeste. As únicas exceções do grupo são Alto Alegre e Amajari, em Roraima, no Norte. Entre os estados, os piores números foram registrados em Alagoas (17,7%) e no Piauí (17,2%).

No outro extremo, estão os 50 municípios com os menores índices de analfabetismo do país, todos no Sul e no Sudeste. Já no ranking de estados e do Distrito Federal, os melhores desempenhos são de Santa Catarina (2,7% de analfabetos e 97,3% de alfabetizados) e do próprio DF (2,8% de analfabetos e 97,2% de alfabetizados).

Fonte: Página 8