Mobilização dos estudantes da Universidade de Gante (Bélgica) exige: "Parem com o genocídio" | Foto: Divulgação

A direção da Universidade de Gante, da Bélgica, pressionada por manifestações de centenas de estudantes que defendem o cessar-fogo na Palestina realizadas desde o início deste mês, tomou a decisão de encerrar a cooperação com três instituições acadêmicas de Israel que, segundo seu reitor, Rik Van de Walle, não estão mais alinhadas com a política de direitos humanos da escola superior europeia.

“Atualmente consideramos esses três parceiros como (muito) problemáticos de acordo com o teste de direitos humanos da Universidade de Gante, em contraste com a avaliação positiva que lhes concedemos no início da nossa colaboração”, comunicou Van de Walle, detalhando que uma investigação da Universidade de Gante revelou que as cooperações com o MIGAL Galilee Research Institute e o Volcani Center “não eram mais desejáveis” devido à sua associação com ministérios israelenses, e a colaboração com o Instituto Holon “era problemática” porque fornecia apoio material ao exército para ações militares em Gaza.

Um porta-voz da universidade disse que a mudança afetaria quatro projetos, sem detalhar quais são.

Os estudantes que participam das mobilizações nesta que é uma das maiores universidades belgas, com cerca de 32.000 alunos e 7 100 funcionários docentes e não docentes, declararam à emissora belga VRT que saudaram a decisão, mas a consideram apenas um primeiro passo. Afirmaram que continuariam a ocupar partes da universidade “até que a UGent rompa os laços com todas as instituições israelenses”.

As manifestações belgas se somam às dos estudantes nos Estados Unidos e diversos países da Europa, apelando a um cessar-fogo imediato e permanente, e a que as universidades cortem os laços financeiros com empresas que lucram com atividades tanto militares como comerciais que reforçam o genocídio que Israel comete contra o povo palestino.

Fonte: Papiro