Reitorias espanholas apoiam movimento estudantil contra o genocídio em Gaza
O Conselho Diretivo da Conferência de Reitores das Universidades Espanholas (CRUE) decidiu respaldar os acampamentos e manifestações nos campi universitários do país em apoio à paz e contra a violência sobre o povo de Gaza, e reafirmou o seu “compromisso permanente” com a defesa do direito humanitário internacional.
“Endossamos os sentimentos dos nossos campi e a reivindicação que a partir deles está se espalhando para que, desde as diversas instâncias, sejam adotadas medidas para deter a escalada de violência que está ocorrendo”, assinalou o Conselho em comunicado. Ao mesmo tempo, mostrou o seu compromisso em “intensificar a cooperação com o sistema científico e de ensino superior palestino” afirma documento lançado pelo Conselho de Reitores nesta quinta-feira, dia 9.
Segundo o documento, os reitores se comprometem a “revisar e, sendo o caso, suspender os acordos de colaboração com universidades e centros de investigação israelenses que não tenham implementado um firme compromisso com a paz e pelo cumprimento do direito internacional humanitário”.
As universidades espanholas também estão dispostas a expandir os seus programas de cooperação, voluntariado e atenção à população refugiada palestina. Da mesma forma, solicitaram a “cessação imediata e definitiva das operações militares do exército israelense”, bem como de qualquer ação de natureza terrorista, e a libertação dos sequestrados pelo grupo islâmico Hamas que permanecem na Faixa Palestina.
Exigiram também que Israel “respeite o direito internacional” e permita a entrada em Gaza de toda a ajuda humanitária que possa ser fornecida para cobrir a emergência da sua população civil, bem como medidas para que os organismos internacionais empreendam a reconstrução do território palestino o mais rapidamente possível.
O corpo docente da Universidade de Barcelona já havia votado, na quarta-feira (08), a favor de uma moção de apoio à Palestina e contra o genocídio israelense, na qual defende que a instituição rompa relações acadêmicas com universidades, entidades e empresas israelenses enquanto perdure a ocupação e as incursões agressivas de Israel.
Alunos da Universidade Complutense de Madrid (UCM) e da Universidade Autônoma de Madrid (UAM), os maiores centros educativos de Espanha, realizam ações para “demonstrar apoio e força aos estudantes reprimidos pela polícia e pelos sionistas em todo o mundo”, afirmou Axier Gurrutxaga, um dos porta-vozes do movimento estudantil. E estão sendo seguidos por universidades de Valencia, Leoa, Donosti, Navarra, Alicante e outras.
Fonte: Papiro