1º de Maio em Cuba denuncia bloqueio dos EUA e condena massacre de palestinos
Na comemoração do Primeiro de Maio em Cuba uma multidão condenou o bloqueio econômico, comercial e financeiro “genocida” promovido pelos Estados Unidos, que há mais de seis décadas ataca a Ilha caribenha, e defendeu as conquistas do socialismo com justiça social e igualdade.
Neste momento, afirmou o secretário-geral da Central dos Trabalhadores de Cuba (CTC), Ulises Guilarte de Nacimiento, a batalha fundamental é a recuperação da economia e o aporte de cada um e de todos “é essencial para potencializar a eficiência produtiva”, principalmente quando o bloqueio impõe limitações de todo tipo.
Daí, ressaltou, “o significado da mobilização desses mais de quatro milhões de cubanos ao longo das praças de todo o país”, homens e mulheres que reconhecem “a necessidade de desenvolver capacidades de inovação e criatividade para superar obstáculos e consolidar a empresa estatal socialista”.
Desta forma, apontou Guilarte, “vamos assegurar o crescimento da oferta de bens e serviços que favoreça a redução de preços, bem como consolidar a necessária eficiência dos investimentos; tudo isto em um processo integrado com o setor não estatal, o que requer maior atenção e proteção dos direitos dos trabalhadores que o compõem”. A enorme batalha em curso, assinalou, “mostra que o capital humano é o recurso mais seguro e sólido que temos hoje e que não podemos desperdiçá-lo”.
Para o dirigente da CTC, é imprescindível que haja um maior controle e fiscalização dos recursos, assim como aprimorar o combate à corrupção e as indisciplinas, como parte do desafio das projeções do governo para corrigir distorções e impulsionar a economia ao longo do ano, processo que coincide com o XXII Congresso da CTC.
Entusiasticamente aplaudido pelas centenas de milhares de presentes e pelos mais de mil representantes de 58 países e 220 organizações sindicais, Guilarte expressou a solidariedade dos trabalhadores cubanos contra “o maior crime que se comete contra o povo palestino pelo governo de Israel, com a cumplicidade dos Estados Unidos”, que atacam Gaza e asfixiam a Cisjordânia. “Cuba e o seu povo não permanecemos indiferentes a estas graves violações do direito internacional”, acrescentou.
“Ao lado desta reivindicação, manteremos em alto as bandeiras de solidariedade com o movimento sindical. Ao mesmo tempo, confirmamos à comunidade internacional que sempre poderá contar com a luta permanente de Cuba contra a injustiça, a desigualdade e o estabelecimento de uma ordem internacional mais justa e equitativa”, asseverou Guilarte. E reiterou que manter a coesão social é essencial, porque esta “é a arma estratégica da Revolução”.
Em Havana, o ato central reuniu o general do Exército Raúl Castro Ruz, líder da Revolução cubana; o presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez; lideranças do Partido Comunista e das organizações de massa.
Fonte: Papiro