Polícia de NY invade Columbia e prende 100 universitários no ato contra o genocídio israelense
Em mais um ato da ditadura norte-americana, o prédio Hamilton Hall da Universidade de Columbia foi invadido na noite desta terça-feira (30 de abril) pela Polícia de Nova Iorque, a chamado da própria reitoria.
Os estudantes decidiram ocupar o prédio depois da destruição de um acampamento erguido no campus de Columbia para demonstrar sua repulsa à barbárie israelense e exigir o fim do genocídio perpetrado pelas hordas de Netanyahu contra os palestinos na Faixa de Gaza.
O ato dos universitários da mais conhecida das universidades de Nova Iorque e a solidariedade aos estudantes agredidos pela polícia e ainda ameaçados de expulsão pela reitoria fez com que estudantes de mais de 80 universidades norte-americanas seguissem o exemplo e erguessem acampamentos por todo o país. A exemplo da repressão policial em Columbia, prisões se repetiram para barrar o maior movimento de protesto estudantil desde os idos da revolta contra a guerra ao Vietnã e já chega a 1.000 o número de estudantes presos por todo o país.
O prédio ocupado pelos estudantes, o Hamilton Hall, é o mesmo que foi tomado pelos estudantes no protesto contra a invasão dos EUA contra o povo vietnamita em 1968. Na ocasião o edifício foi rebatizado de Malcolm X Hall, em homenagem ao líder negro que esteve entre os que comandaram a luta do povo norte-americano contra a guerra e que acabou sendo assassinado por ação do serviço secreto dos EUA a alguns metros dali.
Em 1985, o Hamilton Hall foi também ocupado em repúdio ao apartheid sul-africano e na ocasião rebatizado de Mandela Hall.
Agora o mesmo prédio recebeu por parte dos estudantes do nome de Hind Hall, em homenagem à garota palestina de seis anos de idade assassinada a tiros de tanque por Israel diante de equipes do Crescente Vermelho Palestino (entidade similar à Cruz Vermelha) que um dos tios de Hind conseguiu contatar antes de também ser assassinado.
Hind era a única que restara da matança de toda uma família no carro e que conseguia pedir por sua vida ao celular do tio que permanecera ligado. Enquanto atiravam a partir dos tanques, os soldados israelenses impediam os paramédicos do Crescente Vermelho de se aproximarem para socorrer Hind, que acabou morta.
Fonte: Papiro