Bombardeio israelense destrói escola, mesquitas e mutila jornalista em Gaza
Ataques israelenses com drones, artilharia e incursões terrestres mataram nas última 24 horas em Gaza 89 palestinos, sendo que 26 da mesma família. No ataque ao campo de refugiados de Al Nusseirat nesta sexta-feira (12), um jornalista a serviço do canal turco TRT teve o pé amputado após ser atingido.
Segundo as agências de notícias, em Al Nusseirat foram destruídas casas, uma escola que abrigava famílias expulsas de seus lares e duas mesquitas.
Autoridades de saúde palestinas disseram que pelo menos 25 pessoas de uma mesma família, os Tabatibi, foram mortas e várias ficaram feridas em um ataque aéreo israelense a uma casa em Al Daraj, no centro de Gaza.
Imagens da Al Jazeera mostraram equipes de regaste retirando corpos do prédio explodido. As tropas colonialistas israelenses, que atendem pelo nome de fantasia de IDF (forças de ‘defesa’), asseveraram que mais essa carnificina era uma “operação precisa”, com base em “inteligência”.
O cinegrafista da TRT que foi ferido e mutilado em Al Nusseirat foi identificado como Sami Shahada. A equipe do canal TRT Arabi (em língua árabe) se preparava para transmitir do campo de Nuseirat quando foi feita de alvo.
A investida israelense sobre Al Nusseirat causou dezenas de feridos, que foram levados para o pequeno Hospital al-Awda do campo de refugiados, já que as equipes de resgate não estão tendo condições mínimas de segurança para chegar ao mais aparelhado Hospital al Aqsa, na cidade de Deir el-Balah.
Segundo a agência de notícias palestina Wafa, helicópteros de guerra israelense também bombardearam casas nos bairros de Zeitoun, Shujayea e Remal neighbourhoods, ferindo mais civis.
As autoridades palestinas também informaram a recuperação, por equipes de resgate, dos corpos em decomposição de 13 pessoas, em Khan Yunis.
A rede Al Jazeera divulga vídeo com manifestação de crianças palestinas de Gaza, alertando o mundo: “Não somos números, somos seres humanos”:
POGROM NA CISJORDÂNIA
Na Cisjordânia ocupada, pogrom organizado por “colonos” israelenses – sob lei internacional, fanáticos que assaltam terra alheia – contra os palestinos na vila de Al Mughair, a nordeste de Ramallah, mataram em sua própria casa Jihad Afif, como registrou a Al Jazeera.
Outros vídeos mostram fumaça saindo da vila enquanto os tiros soam. A agência Wafa informou que há, ainda, 18 feridos, um deles crítico.
O vice-presidente do Conselho da Vila de Al Mughair, Marzouq Abu Naim, disse que pelo menos 1.500 colonos, protegidos pelo exército de ocupação, continuam matando e queimando casas e veículos dos moradores em toda a aldeia. Estima-se que houve 700 ataques de colonos na Cisjordânia palestina nos últimos seis meses.
Fonte: Papiro