“Passou da hora da comunidade internacional agir e parar o sofrimento palestino”, diz chanceler
A declaração foi dada, nesta quinta-feira (18), durante discurso no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). Durante a fala, o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, solicitou que a Palestina se tornasse membro permanente da organização.
“Devemos discutir os meios para que a Palestina possa aderir ao bloco […]. Chegou a hora de a comunidade internacional finalmente dar as boas-vindas à Palestina como o novo membro das Nações Unidas”, disse Vieira.
Sobre a hostilidade em Gaza, o chanceler brasileiro afirmou que “já passou da hora de a comunidade internacional” agir, a fim de “parar com o sofrimento” do povo palestino.
E que as novas gerações cobram que uma das principais promessas da ONU seja cumprida, a de poupar vidas de inocentes atingidos pela guerra.
Segundo o ministro, a tão esperada “solução de dois Estados requer que esses dois Estados sejam plenamente reconhecidos. É puro bom senso”, destacou.
“Até porque o quadro atual, com um Estado apenas, e como potência ocupante, claramente não levou à implementação da rota para a paz traçada em Oslo”, arrematou o chanceler brasileiro.
Na adesão apoiada por Brasil, China, Rússia e países árabes, diplomatas tentam garantir o reconhecimento internacional do Estado palestino.
A Palestina atualmente tem status de observadora permanente na ONU.
As autoridades palestinas já tentaram fazer do território país-membro permanente em 2011, mas decidiram posteriormente permanecer como observadora permanente por um tempo.
Em abril, Ramallah enviou uma carta ao Conselho de Segurança solicitando que retomasse a análise de seu pedido de adesão à ONU como membro permanente.
Desde o início do revide desproporcional ao Hamas, Israel tem sido cobrada e que abra espaço para debater a criação do Estado palestino.
Por pressão de Israel e dos EUA, a Palestina não é reconhecida como país pelas Nações Unidas, mas como “Estado observador não membro” desde o final de 2012. Isso se deve à série de fatores, entre os quais falta de apoio internacional, sobretudo de superpotências como os Estados Unidos.
Fonte: Página 8