Carro da organização humanitária de produção de alimentos destruído por míssil israelense | Vídeo

Josep Borell, diretor de política externa da União Europeia, condenou na terça-feira (02) o ataque israelense contra um comboio humanitário na Faixa de Gaza, que resultou na morte de sete trabalhadores da organização norte-americana World Central Kitchen (Central Mundial de Cozinha), e solicitou a imediata abertura de investigação.

“Condeno este ataque e peço que uma investigação seja aberta o mais rápido possível. Apesar de todas as exigências para proteger os civis e os trabalhadores humanitários, vemos novas vítimas inocentes”, afirmou Borrell.

 “O governo israelense deve parar com essa matança indiscriminada. Deve parar de restringir a ajuda humanitária, parar de matar civis e trabalhadores humanitários e parar de usar os alimentos como arma” disse, na segunda-feira (01), o fundador e líder da organização com sede nos Estados Unidos, o chef espanhol José Andrés, que confirmou a morte de 7 de seus membros.

FOME USADA COMO ARMA DE GUERRA

“Este não é apenas um ataque contra a World Central Kitchen, é um ataque a organizações humanitárias que se apresentam nas situações mais terríveis, em que os alimentos são usados ​​como arma de guerra. Isso é imperdoável”, ressaltou a diretora executiva da organização, Erin Gore.

Sublinhou ainda que entre as vítimas estavam cidadãos “da Austrália, Polônia, Reino Unido, um cidadão com dupla cidadania americana e canadense e o motorista e tradutor palestino”.

Desde o início da agressão israelense contra a Faixa de Gaza, em 7 de Outubro, a organização tem participado ativamente em operações de socorro, envolvendo a distribuição de refeições alimentares a civis na Faixa.

Borrell apelou à  implementação da resolução do Conselho de Segurança da ONU que exige um cessar-fogo imediato, acesso total à ajuda humanitária e maior proteção para os civis.

Depois da grande repercussão do crime, os militares israelenses afirmaram em comunicado que estão “realizando uma revisão completa do mais alto nível para compreender as circunstâncias deste trágico incidente”. O interessante é que, desde que começou com o genocídio, sempre que ocorrem alarmantes fatos que mostram a sanha assassina do governo de Netanyahu, o bordão é “estamos investigando”, sem que nunca os criminosos sejam localizados pela força de ocupação que perpetram a chacina.

Fonte: Papiro