Fundo tem R$ 33,8 bilhões para financiar transição energética e proteger a Amazônia, diz ministro
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu que o Brasil deve estudar e explorar o petróleo e gás natural na Margem Equatorial para “proteger a floresta Amazônica e financiar a transição energética”.
Silveira contou que o Fundo Social, que recebe recursos do petróleo e gás, pode ser reforçado com a exploração da Margem Equatorial. Atualmente, o Fundo tem R$ 33,8 bilhões.
“O Brasil precisa conhecer as suas potencialidades e, caso as reservas de petróleo e gás natural no Amapá sejam confirmadas, definir a utilização desses recursos para proteger a floresta Amazônica e financiar a transição energética. Sem saber o que temos, não podemos fazer nada. É só especulação”, declarou o ministro.
A declaração resposta à posição da secretária de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, que falou contra a exploração de petróleo por questões climáticas.
Ela disse que é positivo o uso da renda do petróleo para a transição energética, mas “ainda não vi essa proposta no Brasil”.
Alexandre Silveira conta com o apoio de Lula em sua disputa contra os setores que são contra a pesquisa e exploração do petróleo na Margem Equatorial.
O presidente Lula já disse que “o Brasil não vai deixar de pesquisar a Margem Equatorial”.
A discussão sobre a exploração da Margem Equatorial tomou maior proporção por conta da posição do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e de ambientalistas contra a pesquisa e exploração da região.
Alexandre Silveira fez duras críticas a essa posição e falou que está sendo feita uma “chincana jurídica” para “impedir o desenvolvimento da indústria de óleo e gás no Brasil”.
Em entrevista ao canal GloboNews, o ministro de Minas e Energia também comentou que a Petrobrás não pode ter “o único e exclusivo objetivo de ter lucros exorbitantes para poder distribuir a seus acionistas”.
Segundo ele, “existe clara demonstração de resistência do mercado em consequência da boca torta que eles adquiriram nos últimos anos, em especial nos quatro anos de governo Bolsonaro, que eles faziam o que queriam com o Brasil”.
Fonte: Página 8