Jovens palestinos caminham em Khan Yunis, Gaza. À direita, explosão do míssil que os mata | Foto: Composição com imagens de Video do X

Em mais uma prova do genocídio que Israel vem perpetrando em Gaza, a Al Jazeera exibiu imagens do ataque de um drone israelense a quatro palestinos desarmados – possivelmente adolescentes ou jovens -, que caminham por uma estrada, são perseguidos, bombardeados e mortos.

A chacina ocorreu em Khan Younis, no mês passado, e a denúncia foi feita na quinta-feira passada. O portal de notícias considerou as imagens “gráficas demais” para serem incluídas em seu blog diário cobrindo a invasão de Gaza, mas rapidamente um trecho viralizou nas redes sociais.

De acordo com uma tradução da cobertura, eles não foram identificados na reportagem. O drone atinge primeiro e mata três, continua mirando e mais na frente mata o último.

“Ultrajante mesmo depois de meses de ultrajes”, declarou o analista político palestino-americano Yousef Munayyer ao portal Common Dreams. “Este vídeo mostra um drone militar israelense literalmente perseguindo quatro civis desarmados, que não representam qualquer ameaça, e eliminando-os um após o outro!!”

A matança também chocou o ex-agente da NSA, Edward Snowden, que está exilado na Rússia depois de denunciar a guerra cibernética dos EUA contra a humanidade. Ele assinalou que a filmagem “não permite espaço para ‘foi um erro’, mostrando ataques repetidos e especificamente direcionados contra os desarmados e até feridos.”

“O tipo de comportamento que a CIJ proíbe explicitamente na decisão de genocídio contra Israel”, ele acrescentou, referindo-se à ordem preliminar da Corte Internacional de Justiça em janeiro frente ao questionamento apresentado pela África do Sul.

“Todos no mundo precisam ver isso”, sublinhou Snowden.

“Esta é uma das piores filmagens que já vi. Esses meninos não apenas estavam claramente desarmados e não apresentavam nenhuma ameaça, mas também foram atingidos várias vezes, mesmo depois de tropeçar/rastejar. Não há como serem considerados combatentes. Isso é irreal”, disse Tariq Kenney-Shawa, dirigente da rede palestina norte-americana Al-Shabaka.

Para o escritor Assal Rad, “qualquer país que ainda forneça armas e ajuda a Israel é cúmplice desses crimes”, observação cuja carapuça se encaixa com perfeição na cabeça do presidente Biden, aliás, Genocide Joe, segundo os manifestantes que denunciam o genocídio e seus cúmplices.

Mais de 100 mil palestinos foram mortos ou feridos pelas tropas coloniais israelenses em Gaza, três quartos dos quais, mulheres e crianças; 2 milhões de palestinos foram forçados a deixarem seus lares, sob as bombas e tiros israelenses; os ataques israelenses causaram 23 milhões de toneladas métricas de escombros do que antes eram casas, escolas, centros de atendimento, padarias, mesquitas e infraestrutura civil. O bloqueio israelense, para negar comida, água, combustível, remédios e eletricidade à população, com a ajuda humanitária reduzida a uma fração, já leva, segundo a ONU, 1 em cada 2 habitantes à beira da fome.

Fonte: Papiro